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Besouro é o inseto mais forte do mundo, diz estudo

24 mar 2010 - 16h48
(atualizado às 18h21)
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O inseto mais forte do mundo é um tipo de besouro macho, que precisa usar todo o seu poder para acasalar com as fêmeas em meio a fezes de animais, informaram nesta quarta-feira cientistas britânicos e australianos. O Onthophagus taurus é capaz de puxar 1.141 vezes seu próprio peso corporal: o equivalente para uma pessoa de 70 kg conseguir levantar 80 t, o peso de seis ônibus de dois andares.

O besouro é capaz de puxar 1.141 vezes seu próprio peso corporal
O besouro é capaz de puxar 1.141 vezes seu próprio peso corporal
Foto: Getty Images

A força extraordinária de muitos besouros se deve a seus incomuns rituais de acasalamento. Porém, até mesmo os machos mais fracos da espécie têm uma compensação evolutiva: testículos enormes que aumentam suas chances de fertilizar uma fêmea. "Os insetos são bem conhecidos por serem capazes de fazer as mais incríveis demonstrações de força e tudo se deve a suas curiosas vidas sexuais", explicou um dos pesquisadores, o doutor Rob Knell da Queen Mary, um dos maiores 'colleges' da Universidade de Londres.

"Os besouros fêmeas desta espécie cavam túneis no esterco, onde os machos acasalam com elas. Se um macho entrar em um túnel que já está ocupado por um rival, eles vão lutar com os chifres, um tentando puxar o outro para fora", acrescentou. Knell afirmou ainda que alguns besouros, embora sejam menores e mais fracos, não precisam disputar a atenção das fêmeas por causa de seus "testículos substancialmente maiores".

"Isto sugere que eles passam, sorrateiramente, pelas costas do outro macho e aguardam que ele olhe para o outro lado para ter uma chance de acasalar com a fêmea", disse. "Ao invés de desenvolver uma força incomum para lutar pela fêmea, eles produzem muito mais esperma para aumentar suas chances de fertilizar os ovos dela e garantir a passagem de seus genes para a próxima geração", emendou.

As performances do Onthophagus taurus são contadas por Knell e o professor Leigh Simmons, da Universidade da Austrália Ocidental na publicação científica Proceedings of the Royal Society B.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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