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Estudo: 25% dos pais acham que vacinas causam autismo nos filhos

11 mar 2010 - 15h25
(atualizado às 15h29)
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A maior parte dos pais acredita que as vacinas protegem suas crianças contra doenças, mas 25% deles acreditam que certas vacinas podem causar autismo em crianças saudáveis, e cerca de 12% recusaram ministrar a seus filhos pelo menos uma vacina recomendada pelos médicos, de acordo com um novo estudo.

A vacina com maior probabilidade de rejeição pelos pais era a que combate o vírus de papiloma humana, ou HPV, que serve para proteger contra o câncer de colo de útero, de acordo com o relatório. O estudo se baseia em questionários apresentados a mais de 1,5 mil pais de crianças com 17 ou menos anos de idade. Muitos pais também rejeitam a vacina contra a catapora, a vacina meningocóccica conjugada contra a meningite bacteriana e, em menor dimensão, a vacina tríplice, que protege contra caxumba, sarampo e rubeola.

No mês passado, o jornal médico britânico Lancet decidiu retirar um estudo publicado em 1998, o primeiro a vincular a vacina tríplice a casos de autismo e a disparar alarmes generalizados quanto à segurança das vacinas.

"Nós ficamos preocupados ao constatar que 25% dos pais acreditam erroneamente que as vacinas podem causar autismo em crianças de outra forma saudáveis", disse o Dr. Gary Freed, professor de pediatria na Universidade do Michigan e diretor científico do novo estudo, publicado na edição online da revista Pediatrics em 1° de março. "Felizmente, eles ainda assim vêm optando por maioria esmagadora pela aplicação de vacinas em seus filhos".

Cerca de 90% dos pais concordaram em as vacinas protegiam as crianças contra doenças, mas mais de 50% dos entrevistados se declararam preocupados com a possibilidade de que tenham sérios efeitos colaterais.

Tradução: Paulo Migliacci ME

The New York Times
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