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Bioma amazônico perde 79 km² de área, aponta Imazon

4 mar 2010 - 13h54
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O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) informou na quarta-feira, 3 de março, que o desmatamento na Amazônia registrou 79 quilômetros quadrados (km2) de devastação entre os meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010 - extensão equivalente a 49 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Segundo relatório da ONG, 16 km² foram desmatados no bioma em dezembro, enquanto a área de desmate em janeiro foi de 63 km². Todavia, o Imazon alerta que os dados analisados podem estar subestimados, pois em dezembro de 2009 e janeiro de 2010 houve grande cobertura de nuvens, fator que teria ocultado, aproximadamente, 50% da Amazônia Legal.

De forma inédita, o Imazon fez uma estimativa sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2) com origem no desmatamento da Amazônia. De acordo com a ONG, 51 milhões de toneladas de gás carbônico foram emitidas nos meses de agosto de 2009 a janeiro de 2010, em razão da devastação acumulada de 836 km².

"Controlado"

Em fevereiro deste ano, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu que o desmatamento da Amazônia está controlado. "Pela primeira vez o desmatamento na Amazônia está controlado. Nós não vamos voltar aos índices de destruição anteriores", assegurou.

Em novembro de 2009, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o desmatamento da Amazônia registrou a menor taxa de devastação desde 1988. Segundo o órgão, a área de desmate entre agosto de 2008 e julho do ano passado foi de 7 mil quilômetros quadrados (km²) de floresta.

Há cerca de três semanas, Minc e o ministro da Justiça, Tarso Genro, assinaram uma proposta de projeto de lei que cria o Fundo de Proteção Ambiental e a Comissão Interministerial no Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia).

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o projeto de lei que será enviado ao Congresso formalizará o Fundo de Proteção Ambiental e deverá criar fontes fixas de financiamento para equipar e estruturar os órgãos de segurança pública e de fiscalização.

Fonte: EcoDesenvolvimento
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