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Fertilidade da mulher cai 90% depois dos 30 anos, diz estudo

27 jan 2010 - 17h56
(atualizado às 18h37)
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A dificuldade da mulher para engravidar depois dos 30 anos se deve ao fato de que até essa idade ela já utilizou quase 90% da reserva de óvulos, segundo revela um estudo conjunto das universidades de St. Andrews e Edimburgo, na Escócia. Depois dos 30 anos, a mulher continua fabricando óvulo, e inclusive aos 40 anos, mas a reserva de óvulos potencialmente férteis se reduz até se tornar insignificante, detalha o estudo publicado nesta quarta-feira pelo diário britânico Daily Telegraph.

A deterioração dos óvulos a partir dessa idade aumenta as dificuldades para conceber e eleva o risco que o bebê não seja sadio. Esta é a primeira vez que os especialistas falam em "reserva de óvulos", referindo-se ao potencial fabricado por uma mulher ao longo de sua vida até a menopausa.

Segundo a pesquisa, uma mulher nasce com cerca de 300 mil potenciais células que podem se transformar em óvulo, embora a reserva decline a uma velocidade maior do que se imaginava até agora. Ao completarem 30 anos, 95% das mulheres só têm 12% de suas reservas de óvulos e aos 40 anos as chances caem para 3%.

"O estudo demonstra que a mulher supervaloriza a possibilidade de gerar um filho", afirmou Hamish Wallace, co-autor do estudo. Para Wallace, a pesquisa poderia ajudar a identificar quais mulheres terão menopausa adiantada e quando é o momento de congelar óvulos de doentes com câncer nos ovários.

Para os pesquisadores, muitas mulheres se enganam ao pensar que como estão fabricando óvulos sua fertilidade permanecerá inalterada. O estudo descobriu que existem notáveis diferenças na capacidade de fabricar óvulos das mulheres. Enquanto algumas podem nascer com 2,5 milhões óvulos potenciais, outras têm apenas 35 mil.

Embora o corpo feminino só amadureça cerca de 450 óvulos ao longo da vida, os pesquisadores acreditam que quanto maior for o reservatório de óvulos potenciais, melhor será a qualidade destes para fertilizar. Nessa pesquisa, os especialistas estudaram as reservas de ovários de 325 mulheres europeias e americanas de diferentes idades.

EFE   
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