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Rússia trabalha em plataforma orbital capaz de atacar na Terra

27 jan 2010 - 15h42
(atualizado às 17h24)
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A Rússia desenvolve o projeto de uma plataforma orbital própria para abrigar satélites militares capazes de atacar alvos na Terra e neutralizar ameaças de impacto de asteroides, informa nesta quarta-feira a corporação espacial Energuia. "Esses aparelhos cósmicos especiais poderão ser usados para a observação de territórios e do espaço aéreo, assim como para a cobertura informática em zonas de desastres naturais e conflitos locais", explicou o presidente da Energuia, Vitali Lopota, em uma conferência em Moscou.

De acordo com Lopota, os satélites seriam cruciais para localizar alvos militares e teriam capacidade de ataque e de repelir ameaças de asteroides e cometas. O diretor apontou que, de acordo com seus cálculos, esse tipo de satélite militar deverá ter 20 t e um prazo de vida útil de entre dez e 15 anos. Segundo ele, sua exploração em série poderá começar já a partir de 2017.

A futura plataforma orbital unificada será de propulsão nuclear, com reatores de potência de entre 150 e 500 quilowatts, e terá duas antenas de 20 m de diâmetro. No entanto, Lopota não determinou quais ferramentas de ataque tais satélites terão e nem como poderiam desviar eventuais asteroides que ameacem a Terra.

O diretor da agência espacial russa (Roscosmos), Anatoli Perminov, já havia anunciado em dezembro passado que a Rússia desenvolveria tecnologias para evitar o possível impacto do asteroide Apophis contra a Terra, em 2036. "Os cálculos matemáticos demonstram que neste prazo é possível criar um aparelho cósmico especial que permita evitar esta colisão", assegurou então.

O chefe da Roscosmos lembrou que o Apophis (asteroide 2004 MN4), de 270 m de diâmetro, é três vezes maior que o famoso meteorito de Tunguska, que em 1908 destruiu 2 mil hectares na Sibéria. Em sua rota em direção ao Sol, o Apophis passará em 2029 muito perto da Terra, a uma distância de 30 mil quilômetros, e ameaça atingir o planeta ao retornar, por volta de 2036.

EFE   
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