PUBLICIDADE

Descoberta do "Homem de Pequim" completa 80 anos

2 dez 2009 - 10h14
(atualizado às 11h33)
Compartilhar

Há exatos 80 anos, o paleontólogo chinês Pei Wenzhong encontrava os restos do que depois seria reconhecido mundialmente como "Homem de Pequim", a maior descoberta arqueológica de um hominídeo na Ásia. Em 2 de dezembro de 1929, em uma caverna na localidade de Zhoukoudian, perto de Pequim, o pesquisador desenterrou a caveira completa do Homo erectus pekinensis.

Segundo os especialistas, os restos pertenciam a um homem de meia idade, de 1 m e 50cm de altura e características fisiológicas similares as de um homem chinês atual. A descoberta foi considerada o elo perdido que justifica a teoria da evolução de Darwin.

Pelos últimos estudos elaborados pelas equipes chinesas, o "Homem de Pequim" data de 750 mil anos, 200 mil anos a mais do que se imaginava no início. Considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, a jazida está situada a 48 km ao sul da capital chinesa e em uma localidade na qual foram encontrados, até o momento, vestígios de 40 exemplares do Homo erectus.

A história do "Homem de Pequim" está marcada por uma lenda, já que os primeiros dentes do hominídeo foram encontrados por um cientista sueco em um mercado de Zhoukoudian, quando os aldeões o vendiam dizendo serem de dragão. A polêmica se estende ao longo dos anos. Cinco fragmentos de ossos originais se perderam misteriosamente durante a guerra contra o invasor japonês (1937-1945) e as peças nunca mais foram localizadas.

Em 2005, o Governo chinês lançou sem sucesso uma campanha para tentar recuperar no interior do país e nos Estados Unidos, onde acreditavam que os responsáveis pela escavação tivessem enviado os ossos para evitar o espólio japonês.

EFE   
Compartilhar
TAGS
Publicidade