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Cern anuncia 1ª colisão de partículas no acelerador

23 nov 2009 - 18h09
(atualizado às 19h12)
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O primeiro choque de partículas no Grande Colisor de Hádrons (LHC), o acelerador gigante do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), foi registrado na tarde desta segunda-feira.

O Colisor de Hádrons do Cern voltou a funcionar na última sexta-feira
O Colisor de Hádrons do Cern voltou a funcionar na última sexta-feira
Foto: The New York Times

O choque ocorre três dias após a reativação do Grande Colisor de Hádrons (LHC), que ficou 14 meses sem operar por uma série de problemas técnicos.

As primeiras colisões de partículas foram observadas durante a tarde desta segunda-feira: "É uma grande vitória por termos percorrido um longo caminho em tão pouco tempo", declarou Rolf Heuer, diretor-geral do Cern.

"Foi uma festa na sala de controle (...) todo mundo comemorou quando ocorreram as primeiras colisões!" - comentou Jurgen Schukraft, porta-voz da equipe.

"Os sinais (gerados pelas colisões de partículas) que vimos são magníficos", disse Andrei Golutvin, outro porta-voz do CERN. O maior acelerador de partículas do mundo, que funcionou por apenas algumas horas, em setembro de 2008, antes de apresentar um grave problema, voltou à atividade nesta sexta-feira passada.

O LHC, uma joia científica que custou 3,76 bilhões de euros e que deve permitir progressos sobre o conhecimento da matéria e a origem do universo, teve sucessivos problemas após entrar em serviço, no dia 10 de setembro de 2008.

O primeiro incidente ocorreu menos de 48 horas após a ativação do sistema, sendo seguido por um segundo defeito, no dia 19 de setembro, que afetou os ímãs encarregados de guiar as partículas pelo circuito do acelerador.

O circuito mede nada menos que 27 km e está a 100 metros sob a terra, em uma região da fronteira entre França e Suíça, passando pelo território dos dois países.

Desde setembro de 2008, o CERN realizava um longo trabalho para reparar o Acelerador de Partículas, que incluiu a instalação de novos sistemas de segurança ao longo do percurso, cuja construção envolveu mais de 7 mil físicos, durante cerca de 12 anos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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