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OMS recomenda que médicos receitem antivirais contra gripe

12 nov 2009 - 12h31
(atualizado às 13h29)
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A diretora do departamento de gripe da Organização Mundial da Saúde (OMS) Nikki Shindo recomendou nesta quinta-feira que sejam receitados antivirais aos pacientes que apresentarem sintomas da gripe A sem esperar pelos resultados de laboratório. "O vírus já está circulando, logo, não é preciso esperar os resultados epidemiológicos. Se os médicos detectam que há sintomas de gripe, recomendamos que diretamente receitem antivirais", afirmou Nikki.

A diretora médica explicou que o controle epidemiológico estava justificado em meses anteriores, mas que agora, com a pandemia tão estendida, não é mais preciso. "Agora o que devemos fazer é um tratamento cedo, que se mostrou muito efetivo. Assim que os sintomas forem detectados, é preciso tratar com antivirais, e os casos de doença severa ou de morte se reduzirão, como já foi comprovado", disse.

A doutora Nikki reiterou que os antivirais não devem ser receitados para pessoas sãs como método preventivo, nem devem ser tomados sem controle médico. A diretora disse que esta recomendação faz parte das novas diretrizes estabelecidas pela OMS na luta contra o vírus A(H1N1).

Sobre a gravidade do vírus, a médica explicou que, por enquanto, o que está sendo comprovado é que, em geral, as pessoas hospitalizadas no hemisfério norte apresentam sintomas mais leves que os doentes registrados no hemisfério sul durante o inverno passado na região.

Nikki disse que a média de idade das pessoas mais afetadas aumentou, e embora as infecções talvez estejam estáveis, os casos mais graves são registrados em idosos, e não em adultos jovens, como foi constatado nos primeiros períodos da pandemia. A especialista disse que fazem parte dos grupos de risco as mulheres grávidas, as pessoas que sofrem de doenças respiratórias crônicas e os obesos. Esse conjunto deve receber a vacina ou passar por um tratamento antiviral cedo.

Sobre o acesso aos antivirais nos países em desenvolvimento, Nikki assegurou que a OMS conta com 10 milhões de doses, que "não são suficientes para as eventuais necessidades". A médica reiterou que o vírus "não sofreu mutações" e que "é bastante estável", mas esclareceu que continua sendo novo para a maioria da população.

EFE   
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