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Casas, hospitais e escolas podem vender energia solar no Japão

1 nov 2009 - 03h21
(atualizado às 03h58)
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O governo do Japão lançou neste domingo um programa que permite aos proprietários de casas, hospitais e escolas vender às grandes companhias energéticas do país o excedente de eletricidade produzido pelas placas solares instaladas em seus prédios, informou a agência Kyodo.

O plano quer fomentar a geração de energia solar no setor privado no Japão, e regula a compra por parte das companhias elétricas do excedente de quilowatts "limpos" de particulares, colégios e hospitais a um preço maior que o do mercado. Assim, as companhias pagarão 48 ienes (0,36 euro) por cada quilowatt a mais gerado por hora nas casas, e a metade desse preço pelos gerados em escolas e hospitais.

O objetivo é dar incentivos aos cidadãos para que instalem painéis solares em seus telhados de modo que "o Estado não tenha que investir nem um iene", disse o vice-primeiro-ministro Naoto Kan, citado pela Kyodo. O programa estará em vigor durante os próximos dez anos, enquanto o governo espera iniciar outro programa em 2011 que permitirá às companhias elétricas adquirir toda a energia solar gerada em lugares privados, e não só os quilowatts excedentes.

Para cobrir o aumento de custos, as companhias energéticas japonesas planejam subir em 30 ienes (0,22 euro) a fatura da eletricidade para todos os cidadãos a partir de abril próximo. O número de casas no Japão com placas geradoras de energia solar aumentou nos últimos meses graças, principalmente, ao programa de incentivos introduzido pelo governo em janeiro passado, segundo o Ministério da Economia japonês.

O primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, que chegou ao poder há um mês e meio após vencer as eleições do dia 30 de agosto, se comprometeu a reduzir as emissões de CO2 do Japão em 25% frente aos níveis de 1990, para o ano 2020.

Segundo a Kyodo, o Executivo de Hatoyama estuda também permitir que as companhias elétricas comprem os quilowatts produzidos por outros sistemas de energia renováveis, como o eólico.

EFE   
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