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Detectada estrela mais distante e antiga do universo

28 out 2009 - 16h55
(atualizado às 17h30)
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Um grupo internacional de cientistas detectou a estrela mais distante e antiga encontrada até agora, confirmando que os corpos celestes já existiam quando o universo era apenas um jovem de 600 milhões de anos. Esta estrela supermassiva, centenas de vezes maior que o Sol, explodiu há 13 milhões de anos, gerando uma imensa radiação cujo último raio de luz chegou à Terra apenas seis meses atrás. As informações são da agência EFE.

Reconstrução artística da explosão gerada pela estrela gigante; ela morreu há 13 milhões de anos, mas seu último raio de luz chegou à Terra há seis meses
Reconstrução artística da explosão gerada pela estrela gigante; ela morreu há 13 milhões de anos, mas seu último raio de luz chegou à Terra há seis meses
Foto: Divulgação/Nasa / EFE

A descoberta mostra que estrelas maciças começaram a se formar somente 630 milhões de anos depois do Big Bang - o instante do nascimento do Universo há 13,7 bilhões de anos. Uma forte emissão de raios gamas, o fenômeno mais violento e luminoso do universo, gerado por uma estrela ao final de sua vida, foi detectado pelo satélite americano Swift, da Nasa (agência espacial americana) e por telescópios terrestres, em abril passado.

Os responsáveis pela descoberta são os astrofísicos Javier Gorosabel e Alberto Castro-Tirado, do Instituto de Astrofísica de Andalucía, do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC, na sigla em espanhol), e Alberto Fernández Soto, do Instituto de Física da Cantabria. A equipe publicou um estudo na revista científica britânica Nature com as conclusões da observação espacial.

Outras duas equipes de astrônomos, dirigidas respectivamente por Nial Tanvir (Universidade de Leicester, Reino Unido) e Ruben Salvaterra (Instituto Nacional de Astromia, Itália) conseguiram medir a defasagem do espectro do violeta ao vermelho para calcular a extensão das ondas de raios luminosos.

Essa forte defasagem, que os astrônomos designam pelo termo em inglês "redshift", alcançou 8,2 nessa emissão gama (chamada "GRB 090423"), um recorde jamais registrado até então. O "redshift" foi se incrementando em função da viagem dos fótons antes de alcançar a Terra, uma vez que enquanto a luz se deslocava no espaço-tempo, a expansão do universo prosseguia.

Essa emissão de raios gama "aconteceu quando o universo era nove vezes menor que agora", explica o astrônomo Bing Zhang, da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos. Até agora, o objeto astronômico mais velho detectado era uma galáxia com um "redshift" de 6,96, isto é, originada 150 milhões de anos depois que a emissão de raios gama começasse sua longa viagem para marcar um novo recorde.

Com informações do jornal espanhol El Mundo e da agência AFP

Fonte: Redação Terra
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