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Astronautas da Nasa conversam com estudantes de Paraty

23 set 2009 - 06h06
(atualizado às 09h03)
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Um bate papo ao vivo, por telefone, entre astronautas da Nasa (a Agência Espacial Americana), em órbita, e cerca de 60 estudantes marcaram, nessa terça-feira o início das atividades educativas da Expedição Tocorimé na Trilha de Darwin.

Durante meia hora, dez alunos de Paraty, no sul fluminense, levantaram questões sobre meio ambiente e sobre a vida no espaço. As perguntasforam feitas em inglês e respondidas prontamente pelosastronautas, que já tinham recebido uma lista dequestionamentos com antecedência.

A atividade, destinada a estimular o ensino deciência entre os jovens, integra o roteiro educativo daexpedição do Tocorimé, destinada a repetir o roteiro que o biólogo britânico Charles Darwin fez pela América do Sul há cerca de 180anos. O barco vai partir em julho de 2010 de Fernando de Noronha (PE)com destino às Ilhas Galápagos, na altura do Equador.

Para a estudante Sabrina de Araújo, 12 anos,autora de uma das questões, fazer perguntas aos astronautas foiuma experiência "incrível" e faz com que ascrianças gostem mais de ciências. Aluna da rede pública,filha de um marceneiro e de uma doméstica, ela tambémcobra laboratórios e estruturas que auxiliem o aprendizado naárea e "deixem as crianças mais inteiradas"

"Eu nãoquero ser cientista. Quero ser advogada. Mesmo assim, sei que umlaboratório na escola facilitaria o entendimento das criançase a gente poderia aprender mais", defendeu.

Durante aviagem do Tocorimé pela América do Sul estãoprevistas atividades educativas nas paradas em 15 portos. Nessesmomentos, o barco que abrigará pesquisas científicascom espécies marinhas ficará  aberto paraexposição. Estarão disponíveis naembarcação dois laboratórios para identificaçãode DNA em frutas, jogos e filmes sobre a viagem e as descobertas deDarwin pelo mundo.

OInstituto Sangari, uma organização não governamental,ficará responsável pelo projeto educativo e pelaformação de professores e liderançascomunitárias, em cursos rápidos. "Precisamos demonitores no barco. Queremos trabalhar com estudantes locais,capacitando-os para que apresentem a mostra e tragam visitantes",explicou a gerente de Relacionamento, Juliana Estefano.

Também foram iniciadas as atividades científicas daexpedição. Pesquisadores brasileiros e estrangeiroscoletaram plânctons e identificaram o DNA de algumas espéciesa bordo do veleiro. O trabalho encerrou a ConferênciaInternacional Darwin e a Aventura, com cerca de 20 cientistas, quebuscava integrar pesquisas ao trajeto do Tocorimé.

Uma dasprincipais articuladoras do projeto, a bióloga do Museu deHistória Natural de Londres Karen James, destacou que nobarco, o laboratório e o campo de pesquisa estão muitopróximos, acelerando os resultados e orientando novos trabalhos.

Agência Brasil Agência Brasil
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