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Imagem mostra maior colisão entre galáxias já registrada

Imagem mostra maior colisão entre galáxias já registrada

17 abr 2009 - 10h43
(atualizado às 11h38)
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Astrônomos identificaram a maior colisão entre aglomerados de galáxias já registrada, a partir da combinação de imagens captadas por três telescópios diferentes. Usando dados do telescópio espacial Hubble, do Observatório Chandra e do Observatório Keck, no Havaí, os cientistas conseguiram determinar a geometria tridimensional e o movimento dos aglomerados, a uma distância de 5,4 bilhões de anos-luz da Terra.

Imagem de fusão de quatro aglomerados de galáxias foi possível ao se combinar dados de três telescópios
Imagem de fusão de quatro aglomerados de galáxias foi possível ao se combinar dados de três telescópios
Foto: NASA/STScI/IfA/C. Ma et al. / BBC Brasil

Os pesquisadores descobriram que quatro aglomerados distintos se envolveram em uma fusão tripla, em um fenômeno que, segundo eles, poderá ajudar a entender o que ocorre quando alguns dos maiores corpos do Universo se chocam.

Aglomerados de galáxias interagem gravitacionalmente uns com os outros, e colisões entre eles são normais.

Notável

Os objetos envolvidos na colisão pertencem a um sistema batizado pelos astrônomos de MACJ0717, um "filamento" de galáxias, gases e matéria negra com 13 milhões de anos-luz de extensão e em constante fluxo de material.

"Além de ser lotado de movimentos, este sistema também é notável por causa de sua temperatura - uma das mais altas já conhecidas", afirmou Cheng-Jiun Ma, da Universidade do Havaí e o chefe da pesquisa.

"Trata-se do aglomerado mais espetacular e mais perturbado que eu já vi", disse. "Creio que ele pode nos ensinar muito mais sobre como as estruturas do Universo crescem e evoluem."

Para a descoberta, o telescópio de Keck e o Hubble forneceram informações ópticas sobre o movimento e densidade das galáxias ao longo de uma linha, mas não sobre o que ocorria na rota perpendicular a esta linha.

Ao combinar os dados de raio-X vindos do Observatório Chandra, os cientistas conseguiram os detalhes tridimensionais da imagem. Ma e seus colegas esperam no futuro poder utilizar imagens de raio-X ainda mais penetrantes para medir a temperatura dos gases ao longo de toda a extensão do filamento.

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