PUBLICIDADE

Cerâmicas de 9 mil anos são encontradas no Marrocos

2 abr 2009 - 11h32
Compartilhar

Recipientes de cerâmica, que seriam os mais antigos fabricados no Marrocos, foram descobertos cerca de 50 km ao sul de Nador (norte) por arqueólogos marroquinos e alemães, informou o governo local na última quarta-feira.

A descoberta aconteceu no sítio de Hassi Ouenzga, em Saka, área em que viveram populações neolíticas há 9.000 anos, informou a delegação provincial da Cultura. Os pesquisadores pertencem ao Instituto Nacional de Ciências da Arqueologia e do Patrimônio (Insap, marroquino) e ao Instituto Alemão de Arqueologia.

Segundo esses especialistas, dirigidos por Abdeslam Mikdad e Josef Eiwanger, os recipientes de Hassi Ouenzga são 2.000 anos mais remotos do que os mais antigos até hoje encontrados no Marrocos e no conjunto dos países do Magreb. As populações instaladas nesse local deixaram vestígios de diferentes fases do Neolítico, acrescentou a mesma fonte. O objeto em cerâmica mais recente remontaria a 6.000 anos antes da nossa era.

A decoberta de sinais da fabricação de cerâmica desde essa época pode modificar, profundamente, a percepção que os cientistas têm dessas sociedades do início do Neolítico no Magreb, destacou a nota, lembrando que a cerâmica tinha uma importância social e econômica considerável, porque facilitava o comércio entre as comunidades.

A fabricação de cerâmicas também foi testemunha da mudança nos costumes culinários, além de facilitar a conservação de água. Após o desenvolvimento da agricultura e da domesticação de algumas espécies de animais, como bois e cabras, teve papel primordial na evolução socioeconômica das populações prehistóricas. A equipe de cientistas do Programa do Riff Oriental (montanhas do norte do Marrocos) começou seus trabalhos em 1994.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade