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ESO identifica galáxias através de "olho" de nebulosa

25 fev 2009 - 12h38
(atualizado às 13h11)
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Um novo estudo realizado com a nebulosa planetária Helix, também conhecida como NGC 7293, detectou através de sua estrutura interior - chamada de "olho" pelos astrônomos - um rico cenário de galáxias distantes que jamais haviam sido vistas neste objeto astronômico, divulgou o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira. A Helix, situada a 700 anos-luz da constelação de Aquário, é uma das mais próximas da Terra e foi fotografada pela câmera de alta resolução do Observatório La Silla, no Chile.

Galáxias remotas foram identificadas na região central da nebulosa Helix, uma das mais próximas da Terra
Galáxias remotas foram identificadas na região central da nebulosa Helix, uma das mais próximas da Terra
Foto: ESO / Divulgação

Objeto de incessantes estudos do ESO e das agências espaciais americana (Nasa) e européia (ESA), por meio do telescópio espacial Hubble, a Helix ainda permanece parcialmente compreendida. As galáxias remotas identificadas pelo interior da Helix ficam em áreas de pouca propagação de gás brilhante, próximas à região central da nebulosa. Algumas delas parecem se separar em grupos dispersos por várias partes da imagem, informaram os cientistas.

Apesar de impressionar fotograficamente, a Helix tem uma fraca visualização por não se espalhar por uma grande área do céu, o que dificulta maiores descobertas sobre sua estrutura. Embora seja semelhante a uma rosquinha, análises mostraram que possivelmente a nebulosa seja constituída por pelo menos dois discos - um interior, com 12 mil anos, e um exterior, com 6,6 mil anos.

Os cientistas acreditam que o disco interior emane o seu brilho muito mais rápido que o exterior, em uma velocidade que beira os 100 mil km/h. Além disso, o anel interior é constituído por estruturas semelhantes a bolhas, com caudas que parecem escorrer como "gotas" do centro da estrela para fora.

De acordo com o ESO, cada bolha é tão grande quanto o nosso Sistema Solar - que mede aproximadamente 7,4 milhões de quilômetros. Outro ponto que chama a atenção é o tamanho do anel principal: dois anos-luz de extensão ou cerca de 19 trilhões de quilômetros.

Nebulosas planetárias

As nebulosas planetárias são formações geradas pelos resquícios da morte de uma estrela, como gases e plasma, e desaparecem gradualmente ao longo de dezenas de milhares de anos.

A Helix é um exemplo de nebulosa planetária formada por uma estrela similar ao Sol nos últimos estágios de vida, com a estrela remanescente se convertendo em uma anã branca. O corpo celeste foi descoberto pelo astrônomo Karl Ludwig Harding por volta de 1824.

Fonte: Redação Terra
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