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Bebês bonitos despertam maior interesse maternal, diz estudo

23 jan 2009 - 16h30
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Basta ver uma criancinha que as mulheres páram tudo o que estiverem fazendo para debruçarem-se sobre o bebê. E quando mais bonitinho for o bebê, mais o interesse delas pelos pequenos desperta, descobriram cientistas escoceses. As informações são do site Live Science.

Bebês com feições doces, testa e olhos grandes e bochechas fofas atraem a atenção de mulheres jovens
Bebês com feições doces, testa e olhos grandes e bochechas fofas atraem a atenção de mulheres jovens
Foto: Getty Images

A pesquisa foi publicada em janeiro na Psychological Science e explica que o fenômeno é mais recorrente em mulheres mais jovens, que se sentem mais atraída por bebês de rostinhos bonitos do que mulheres de idades mais maduras. As razões para isso, no entanto, ainda são desconhecidas.

Na pesquisa - aplicada entre homens e mulheres com idades de 19 a 60 anos -, bebês gordinhos, com fartas bochechas e olhos e testa grandes, bem no estereótipo das crianças que ilustram anúncios de fraldas, desencadearam mais preponderância feminina ao comportamento e interesse maternal.

Reiner Sprengelmeyer, professor da Universidade de St. Andrews, na Escócia, decidiu estudar este comportamento - principalmente no que diz respeito ao maior interesse por bebês em mulheres do que em homens -, com base em sua experiência pessoal: "Quando minha filha nasceu, eu notei que as mulheres reagiam de forma totalmente diferente em comparação ao sexo masculino. As mulheres tinham muito mais interesse em olhar para o bebê do que eles", relatou.

O próximo passo de Sprengelmeyer, então, foi tentar descobrir a causa. Como método, ele compilou uma série de diferentes imagens de rostos masculinos e femininos de bebês que haviam sido previamente classificados como "bonitinhos" e "engraçadinhos".

Em seguida, os pesquisadores alteraram digitalmente algumas formas dos rostos das crianças. A intenção era verificar se pequenas modificações estéticas seriam capazes de diminuir o interesse das mulheres nos bebês.

"Percebemos que à medida em que a criança vai crescendo e criando feições mais maduras, é natural que perca aquela graça inicial, aquela fofura que tanto atrai as mulheres. Isso poderia explicar a natural e sensível perda de interesse da mãe pelo bebê e a retomada da capacidade dela em fazer outras atividades após o parto, tempos depois, com o crescimento da criança", explica Sprengelmeyer.

Ele complementa: "É a aparência doce e delicada do bebê, também, que faria com que as mães se dedicassem mais aos filhos nos primeiros meses de vida, mas isso é apenas especulação, ainda", presume ele.

Influência hormonal

Em experimentos semelhantes, pesquisadores testaram mulheres na pré-e pós-menopausa de uma mesma idade (cerca de 55) e avaliaram também as opiniões de mulheres mais jovens, divididas em grupos de consumidoras e não-consumidoras de medicamentos contraceptivos orais com estrógeno e progesterona.

Na pesquisa, constatou-se que as mulheres que tomam pílula escolheram os bebês mais "fofos" e atraentes. "Estes resultados indicam claramente que hormônios sexuais modulam a habilidade de ver pequenas variações na aparência dos bebês", relatou o cientista.

Isso também ajudaria a definir se bebês não tão "bonitinhos" necessitariam de mesma atenção que as crianças de aparência mais atraente requerem. "Pode ser que os bebês que não tenham um olhar doce e atraente sejam mais maduros em comparação aos que não são 'lindos'", afirma Sprengelmeyer.

Fonte: Redação Terra
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