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Colisão com asteróide gigante fez Lua "girar" 180 graus

21 jan 2009 - 20h03
(atualizado às 20h43)
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Um estudo realizado por cientistas franceses sugere que um gigantesco impacto causado por um asteróide teve força suficiente para fazer a Lua girar 180 graus, deixando visível o lado que atualmente podemos enxergar da Terra. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de análises em algumas crateras da superfície lunar. As informações são do The Guardian.

Cientistas acreditam que uma grande colisão há 3,9 bi de anos virou a Lua para o lado que hoje é visível da Terra
Cientistas acreditam que uma grande colisão há 3,9 bi de anos virou a Lua para o lado que hoje é visível da Terra
Foto: Getty Images

Devido à órbita atual do satélite, o lado mais próximo, e também mais iluminado, é o que pode ser visto do nosso planeta quando olhamos para cima. A sombra que paira sobre o lado negro - mais distante - está em constante movimento, dependendo da posição em relação ao Sol.

A equipe do Instituto de Física da Terra de Paris, na França, verificou a idade e a localização de 46 crateras formadas por asteróides de grandes proporções na superfície da Lua.

Segundo os cientistas, simulações de computador mostraram que, se a mesma face lunar estivesse virada para a Terra, o hemisfério ocidental do satélite, observável por nós, deveria ter um terço a mais de buracos do que o oriental por causa da órbita. "Comparando, seria como correr na chuva: a parte da frente ficaria mais molhada do que as costas", explicaram.

Os responsáveis pela pesquisa Marcos Wieczorek e Matthieu le Feuvre avaliaram que o hemisfério ocidental possui as crateras mais jovens da Lua, enquanto o outro lado tem as mais antigas. Em razão disso, a região oriental foi muito mais atingida por asteróides do que a outra. Os resultados foram divulgados na revista científica New Scientist.

"Um único impacto foi capaz de fazer a Lua dar um giro de 180 graus", disseram os autores na revista Icarus. As crateras lunares surgiram em uma grande colisão há 3,9 bilhões de anos, pouco tempo após o satélite nascer dos detritos da Terra produzidos por uma explosão cósmica ainda maior.

Fonte: Redação Terra
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