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Ministro britânico elogia Brasil e vê esperança em Copenhague

18 nov 2009 - 16h54
(atualizado às 18h08)
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O ministro do Meio Ambiente do Reino Unido, Hilary Benn, elogiou nesta quarta-feira o compromisso brasileiro de reduzir emissões de gases do efeito estufa em até 38,9% até 2020 e afirmou que ainda acredita em um acordo na reunião do clima da ONU, em Copenhague. Benn, que se reuniu com ministros em Brasília, disse esperar que a posição brasileira incentive outros países a fecharem metas sobre redução de emissões de CO2 na cúpula da Organização das Nações Unidas na capital dinamarquesa, em dezembro.

"A primeira coisa que eu queria dizer era, realmente, aplaudir calorosamente o anúncio que o presidente Lula fez na semana passada sobre a oferta que o Brasil está preparado para colocar sobre a mesa (em Copenhague)", disse Benn a jornalistas. O governo brasileiro assumiu na semana passada o compromisso de reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões de CO2. Com isso, o país pretende desempenhar papel-chave na reunião da ONU e convencer países ricos a anunciarem metas próprias.

"Acho que (o compromisso do Brasil) é extremamente significativo e mostra uma liderança absolutamente clara e determinada e espero que aja como um incentivo para que outros que vão a Copenhague façam o mesmo", declarou Benn. Especulações sobre o futuro da conferência climática aumentaram depois de uma reunião do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no fim de semana. Os líderes desses países recuaram da meta de reduzir pela metade as emissões e se comprometeram a cortá-las "substancialmente" até 2050.

"As decisões que o mundo tomar neste encontro terão um impacto enorme no futuro do nosso planeta", afirmou Benn. "Gostaria de deixar bem claro que o governo do Reino Unido segue absolutamente comprometido com um acordo político em Copenhague", disse Ben.

As negociações na capital dinamarquesa têm o objetivo de chegar a um acordo para substituir o Protocolo de Kyoto, de 1997, de redução das emissões de gases-estufa, apontados como responsáveis pelo aquecimento global. Entre os principais entraves para um acordo estão divergências sobre como dividir os esforços de redução de emissões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e de onde sairão bilhões de dólares em recursos apara ajudar os países pobres a fazerem frente às mudanças no clima.

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