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Merkel irá a Paris com intenção de fechar acordo "vinculativo" pelo clima

28 nov 2015 - 08h38
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A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu neste sábado um acordo contra a mudança climática em Paris que seja "vinculativo" e contenha mecanismos de revisão periódica para conseguir que o aquecimento global não supere os dois graus centígrados em relação aos valores pré-industriais.

"Os objetivos de redução (de emissões) propostos não nos levarão à meta do limite de dois graus. Isso significa que precisamos de processos de acompanhamento e, na minha opinião, acordos vinculativos", declarou Merkel em seu vídeo semanal antes da abertura na segunda-feira da Cúpula do Clima na capital francesa.

Merkel advertiu que a meta não será alcançada com as planos apresentados até o momento por diferentes países, embora tenha elogiado os esforços realizados e, principalmente, o compromisso da China, que pela primeira vez se somou ao objetivo de impedir o crescimento de suas emissões poluentes, a partir de 2030.

O acordo de Paris, ressaltou a chanceler, não pode ser negociado sem contar com os países emergentes, grandes emissores de gases poluentes.

Após ressaltar que a luta contra o aquecimento global é "uma responsabilidade compartilhada", assumiu que essa responsabilidade deve ser percebida de maneira diferente nos países industrializados e nos emergentes, perante sua história e desenvolvimento díspares.

Neste contexto, destacou o dever dos países industrializados de desenvolver tecnologias das quais possam se aproveitar as regiões emergentes e destacou a aposta de gigantes como China e Índia em energias renováveis.

O compromisso da Alemanha é reduzir as emissões poluentes em 40% até 2020, dez anos antes da meta fixada na União Europeia, e Merkel se mostrou convencida que o país a alcançará, sem esquecer a necessidade de encontrar um equilíbrio entre esse objetivo, a proteção dos postos de trabalho e uma provisão energética sustentável.

"Nunca prometemos que em 2020, por assim dizer, deixaríamos para trás o carvão, mas essa continua sendo uma pedra fundamental em um prazo mais longo", comentou.

A chanceler lembrou que as energias renováveis são já o principal pilar da geração energética na Alemanha e anotou como objetivos o impulso da eletromobilidade, o que exigirá um financiamento adicional, e avançar na eficiência energética.

Merkel participará na segunda-feira da inauguração da cúpula, à qual estão convidados cerca de 150 chefes de estado e de governo.

EFE   
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