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Menina que sobreviveu a ameba devoradora de cérebros deixa hospital

12 set 2013 - 20h19
(atualizado às 20h20)
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Kali Hardig, 12 anos, foi contaminada por uma ameba que atinge o cérebro
Kali Hardig, 12 anos, foi contaminada por uma ameba que atinge o cérebro
Foto: AP

A jovem Kali Hardig, 12 anos, que sobreviveu a uma infecção por uma "ameba devoradora de cérebros" deixou o hospital na quarta-feira, após quase sete semanas internada, e deve voltar às aulas na semana que vem. A adolescente surpreende os Estados Unidos e é o terceiro caso registrado nos últimos 50 anos de uma pessoa a sobreviver a esse tipo de infecção. As informações são do site da rede CNN.

Segundo a TV, Kali consegue dar alguns passos por conta própria, mas continua a reabilitação. Quando voltar à escola, vai assistir aulas somente pela manhã, já que à tarde o tratamento continua, com exercícios físicos e de fala. "Eu sou tão agradecida e abençoada (...) é um milagre", diz a mãe, Traci Hardig, ao programa New Day, exibido pela manhã na rede americana.

Segundo registros anteriores, somente uma criança na Califórnia e outra no México resistiram à Naegleria fowleri, que causa a infecção que acomete Kali Hardig. Chamada de "ameba comedora de cérebros", segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a ameba vive na água e entra no corpo pelo nariz, de onde segue até o cérebro. Não há risco de ser infectado ao beber água. A chance de contaminação é de uma em 33 milhões e, nos Estados Unidos, só foram registrados 128 casos desde 1962.

Inicialmente, o tratamento de Kali foi tradicional. Ela recebeu antibióticos e antifúngicos, além de um cateter no cérebro para reduzir o inchaço do órgão. Contudo, como o estado dela piorava, os médicos conseguiram aprovação dos Centros de Controle do Doenças (CDCs, na sigla em inglês) para usar uma droga alemã chamada de miltefosine, que não é liberada para uso nos Estados Unidos. O medicamento foi criado para tratar câncer de mama, mas os cientistas descobriram que ele era efetivo contra o causador da leishmaniose, o que deu esperança de que também pudesse tratar a Naegleria fowleri.

Contudo, os médicos não apontam ainda um motivo para o sucesso do tratamento. Segundo a equipe médica, a ação rápida da mãe - que levou a menina ao hospital quando ela apresentou os primeiros sintomas - foi um fator importante. 

Menino morre após infecção pela mesma ameba

Também nos Estados Unidos, um menino de 12 anos morreu em agosto após ter sido contaminado pela mesma ameba. A morte foi confirmada pelo pai do garoto através de um perfil no Facebook que dava detalhes sobre o estado de saúde da criança.

O menino foi internado no Miami Children's Hospital com sintomas do que parecia ser uma forte gripe, mas os médicos descobriram que tinha sido infectado pela ameba. Aparentemente, Reyna brincava no dia 3 de agosto em um canal da cidade de Labelle, no sul da Flórida, onde provavelmente contraiu o parasita.

Fonte: Terra
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