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Líderes e celebridades lançam campanha contra tráfico de fauna selvagem

25 mai 2016 - 10h08
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Líderes políticos e celebridades de todo o mundo se uniram na campanha internacional "Wild for Life" (Loucos pela vida) lançada pela ONU contra o tráfico da fauna selvagem, que põe em perigo de extinção muitos espécies em todo o planeta.

A campanha, apresentada nesta quarta-feira durante o terceiro dia da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA), pretende envolver todos os atores internacionais para melhorar os esforços e as políticas e reduzir o tráfico dos produtos ilegais que estão acabando com a vida selvagem.

A modelo Gisele Bündchen, o jogador Yaya Touré e o ator Ian Somerhalder se somaram a esta iniciativa junto a políticos de todo o mundo que insistem que a única solução possível é trabalhar conjuntamente.

"Necessitamos de uma mudança radical em nível global e que todos aceitem o desafio de apoiar esta campanha do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)", afirmou a modelo brasileira em comunicado divulgado para a apresentação desta campanha.

Entre 2010 e 2012, 100 mil elefantes foram assassinados na África para arrancar suas presas e vendê-las no mercado negro de marfim, que a cada ano movimenta até US$ 150 milhões no mundo todo.

No entanto, alertaram, os números não refletem todo o dano meio ambiental, social e econômico do crime organizado, já que esta atividade ilegal também degrada o turismo e proporciona lucro a grupo armados.

A luta contra a caça ilegal deve ser global porque a responsabilidade é compartilhada, já que todos os países estão envolvidos no tráfico ilegal, advertiu o secretário-geral do Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).

"A África decidiu trabalhar conjuntamente para elaborar uma estratégia comum", afirmou a comissária de economia rural e agricultura da União Africana, Rhoda Tumusiime, que lembrou que, além de cooperação, é necessário implementar políticas.

Entre as ações que contempla esta campanha, se encontra aumentar a conscientização global, mobilizar à sociedade ou assegurar que as promessas dos governos se cumpram.

"Não necessitamos muito dinheiro, só necessitamos estar unidos. Não é só responsabilidade política, mas implica a todos os habitantes do planeta. O tráfico da fauna afeta a todos", lembrou o diretor-executivo da PNUMA, Achim Steiner

O objetivo final é conscientizar a todo o mundo sobre a crise da caça ilegal causada pela demanda crescente de marfim e chifres de rinoceronte na Ásia, onde se vendem a um preço muito elevado para utilizá-los em apózemas supostamente curativas ou afrodisíacos muito populares entre a população local.

EFE   
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