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Juncker pede que compromisso do G7 sobre clima não seja meras palavras

9 jun 2015 - 10h36
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O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu nesta terça-feira que o compromisso pactuado no seio do G7 para que o aquecimento global não supere os dois graus centígrados com relação aos níveis pré-industriais "não fique em meras palavras".

"Não queremos que os compromissos assumidos em Elmau (Alemanha) acabem sendo apenas palavras, mas sejam cumpridos em Paris", destacou o presidente da Comissão Europeia em comunicado, em referência à cúpula climática COP21 que será realizada em Paris no final de ano.

"Tivemos um entendimento comum no G7 acerca de que necessitaremos de objetivos climáticos vinculativos. O caminho entre Elmau e Paris não é longo. As palavras em Elmau agora devem se materializar em ações concretas em Paris", recalcou Juncker.

Durante o encontro que mantiveram em Elmau no domingo e na segunda-feira, os líderes dos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Canadá, França, Itália e Reino Unido mostraram seu "claro reconhecimento" de que o objetivo da comunidade internacional deve consistir em não superar o citado limite de aquecimento.

A Comissão lembrou que a União Europeia "já assumiu um compromisso forte com seu objetivo de reduzir as emissões em 40% com relação a 1990", e lembrou que o bloco comunitário "demonstrou que a ação diz mais que as palavras".

"Graças à ação coletiva da UE, as emissões da União reduziram 19%, enquanto o PIB cresceu 45% entre 1990 e 2013", destacou a instituição.

Durante o G7, os sete países mais industrializados advogaram também por adotar regras vinculativas para o acordo contra a mudança climática da Cúpula do Clima de Paris.

Os países também se mostraram decididos a apoiar financeiramente o Fundo Verde do Clima, um mecanismo que deve contar com 100 bilhões de euros por ano a partir de 2020 para ajudar os países mais afetados pelo aquecimento global.

Por último, os sete indicaram a determinação para conseguir uma economia livre de CO2 para final de século.

A UE aspira conseguir na reunião de Paris em dezembro um acordo global vinculativo que substitua com eficássia o Protocolo de Kioto a partir de 2020.

EFE   
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