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Jovem pode ser 3ª norte-americana a vencer ameba comedora de cérebros

9 ago 2013 - 13h07
(atualizado às 13h11)
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Uma menina vítima de uma "ameba comedora de cérebros" pode ser a terceira pessoa na América do Norte a sobreviver à doença em toda a história médica. Segundo registros anteriores, somente uma criança na Califórnia e outra no México resistiram à Naegleria fowleri, que causa a infecção que acomete Kali Hardig, 12 anos. As informações são do Arkansas Times.

Chamada de "ameba comedora de cérebros", segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a ameba vive na água e entra no corpo pelo nariz, de onde segue até o cérebro. Não há risco de ser infectado ao beber água. A chance de contaminação é de uma em 33 milhões e, nos Estados Unidos, só foram registrados 128 casos desde 1962.

O médico Mark Heulitt, do Hospital da Criança do Arkansas, disse na quinta-feira que a jovem é "muito abençoada". Segundo o jornal, o estado da menina não é mais considerado crítico e ela deve deixar a unidade de tratamento intensivo (UTI) ainda nesta sexta-feira. A menina consegue seguir alguns comandos e colocar o dedão para cima ou para baixo ao responder perguntas, o que, segundo os médicos, é um bom indicador da função cerebral. Ao sair do tratamento intensivo, ela começará a reabilitação.

Inicialmente, o tratamento de Kali foi tradicional. Ela recebeu antibióticos e antifúngicos, além de um cateter no cérebro para reduzir o inchaço do órgão. Contudo, como o estado dela piorava, os médicos conseguiram aprovação dos Centros de Controle do Doenças (CDCs, na sigla em inglês) para usar uma droga alemã chamada de miltefosine, que não é liberada para uso nos Estados Unidos. O medicamento foi criado para tratar câncer de mama, mas os cientistas descobriram que ele era efetivo contra o causador da leishmaniose, o que deu esperança de que também pudesse tratar a Naegleria fowleri.

Contudo, os médicos não apontam ainda um motivo para o - até agora - sucesso do tratamento. "Com um único caso, é difícil chegar a uma conclusão", diz Heulitt. "Nós não sabemos se ela teve tanta exposição (à ameba) quanto outras pessoas."

Para o médico, a ação rápida da mãe - que levou a menina ao hospital quando ela apresentou os primeiros sintomas - foi um fator importante. Ele não dá muito créditos à droga alemã - em 2010, um menino de 7 anos com a mesma infecção também foi tratado com o medicamento, sem sucesso.

Fonte: Terra
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