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Japão irá propor meta de redução de 20% das emissões de CO2 até 2030

14 abr 2015 - 06h50
(atualizado às 06h50)
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O governo do Japão se propõe a reduzir em 20% as emissões de gases do efeito estufa até 2030, uma diminuição menos ambiciosa do que a proposta pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE), de acordo informações divulgadas pela imprensa local nesta terça-feira.

Esse é a meta que o Japão deve apresentar na conferência sobre a mudança climática das Nações Unidas que será realizada no final deste ano em Paris, onde deve ser firmado um acordo global vinculativo sobre as emissões de carbono, disseram fontes do governo à agência "Kyodo".

O objetivo do quinto maior emissor mundial de gases do efeito estufa estaria, dessa forma, abaixo das propostas da União Europeia, que oferecerá uma redução de pelo menos 40%, e dos Estados Unidos, com uma proposta de 30%.

Enquanto o Ministério do Meio Ambiente do Japão defende uma queda de 30%, o de Indústria propõe um corte de 15%. Por isso, o número final estará em torno dos 20%, disseram as mesmas fontes.

Para conseguir atingir a meta, o Japão deverá aumentar sua produção de energia partir de fontes nucleares ou renováveis. A segunda opção, no entanto, exigiria grandes investimentos em infraestrutura, avaliam os analistas do país.

A rejeição popular à energia nuclear se mantém desde o acidente de Fukushima, embora o governo planeje reativar alguns dos cerca de 50 reatores neste ano após a catástrofe de 2011.

Para substituir a contribuição nuclear, que representava 28,6% da produção energética do Japão antes da crise de Fukushima, o governo recorreu ao uso de combustíveis fósseis em usinas térmicas.

Por causa disso, o Japão aumentou suas emissões de gases do efeito estufa nos últimos anos, chegando em 2013 a 1,3 bilhões de toneladas, a maior desde 1990, quando foi iniciada a coleta desse tipo de estatística.

A conferência de Paris será a primeira vez nos mais de 20 anos de história das negociações sobre a mudança climática na qual todos os países, sem exceção, desenvolvidos ou não, terão que se comprometer com ações para lutar contra esse problema global.

EFE   
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