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Infecções evitáveis são maior causa de morte infantil, diz estudo

11 mai 2012 - 11h23
(atualizado às 13h52)
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Em um estudo publicado na revista Lancet, uma equipe americana analisou dados relativos a mortalidade infantil em todo o mundo em 2010.

Eles descobriram que dois terços das 7,6 milhões de crianças que morreram antes de completar cinco anos foram vítimas de infecções - sendo pneumonia a principal delas.

Um dos especialistas disse que era muito importante "traduzir tais descobertas em ação".

A equipe da escola de saúde pública Johns Hopkins Bloomberg analisou várias fontes de dados, incluindo pesquisas domiciliares e sistemas de cadastramento de 193 países. Uma modelagem matemática foi utilizada para completar a pesquisa quando nem todas as estatísticas estavam disponíveis.

Segundo o estudo, desde 2000 houve uma queda de 26% nas mortes infantis em todo o globo (uma redução de 2 milhões em números absolutos).

Também caiu o número de vítimas das doenças que mais causam mortes - inclusive diarreia, sarampo e pneumonia -, embora os especialistas alertem que ainda há imensos desafios a serem superados nessa área.

Metas internacionais

De acordo com o estudo, cerca de metade das mortes infantis ocorrem na África, sendo dois terços delas provocadas por doenças infecciosas, como malária e Aids.

No Sudeste Asiático, problemas neonatais são os que mais causam vítimas.

Cinco países (Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo e China) são responsáveis por quase a metade das mortes (3,75 milhões).

Segundo os pesquisadores, são poucos os países que conseguirão atingir até 2015 as melhorias estabelecidas nas Metas do Milênio.

Apenas os índices de mortes provocados por tétano, sarampo e HIV/Aids caíram o suficiente para que as metas sejam alcançadas.

Para os autores do estudo, são necessários avanços principalmente na África e Sudeste Asiático e quedas nas mortes por pneumonia e problemas neonatais.

"Nossa análise mostra que são necessárias reduções mais aceleradas nas mortes por essas causas (que são as principais) e nessas duas regiões onde a situação é mais crítica, para que as Metas do Milênio sejam atingidas até 2015", diz o estudo.

Uma menina que nasceu com um cisto do tamanho de um melão na face se recuperou após cirurgia no Reino Unido. Segundo a mãe, Michaela Molyneux, 20 anos, os médicos chegaram a sugerir que ela interrompesse a gravidez porque a pequena Mia sofria riscos de ter sequelas para toda a vida, mas ela manteve a gestação
Uma menina que nasceu com um cisto do tamanho de um melão na face se recuperou após cirurgia no Reino Unido. Segundo a mãe, Michaela Molyneux, 20 anos, os médicos chegaram a sugerir que ela interrompesse a gravidez porque a pequena Mia sofria riscos de ter sequelas para toda a vida, mas ela manteve a gestação
Foto: The Grosby Group
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