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Hollande: "Se acordo da COP21 não for vinculativo, carecerá de credibilidade"

29 nov 2015 - 15h11
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O presidente da França, François Hollande, ressaltou neste domingo que o acordo que se busca na Cúpula do Clima (COP21) de Paris "não terá credibilidade" se carecer de elementos juridicamente vinculativos.

Hollande, que falou com a imprensa ao término de um almoço de trabalho com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que o objetivo da COP21 é "convencer todos os países, porque será preciso o consenso nesta conferência para que haja um acordo ambicioso".

"Um acordo ambicioso significa um acordo vinculativo porque, se não houver elementos vinculativos, não terá credibilidade", advertiu.

Hollande se referiu também a outro dos objetivos do acordo, um mecanismo para "revisar periodicamente os compromissos e contribuições para estar a menos de dois graus (de aumento da temperatura) no final do século".

Trata-se de poder controlar o cumprimento dos planos dos programas nacionais que foram apresentados até o momento (183 países por enquanto) e, sobretudo, fixar iniciativas mais ambiciosas no futuro porque esses compromissos representam atualmente um aumento da temperatura de entre 2,7 e 3,5 graus até o final de século.

Antes do almoço com Trudeau, Hollande teve um encontro de uma hora com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que estava acompanhado da secretária-geral da Convenção-Quadro para a Mudança Climática, Christiana Figueres.

Foi, segundo um comunicado do Eliseu, "uma reunião de trabalho para examinar como conjugar os esforços para garantir o êxito" da COP21.

Hollande e Ban abordaram "as condições que devem ser reunidas para um resultado ambicioso" do encontro e também falaram da luta contra o terrorismo, após os atentados de Paris do último dia 13, e o realizado ontem em uma base da ONU em Kidal (norte do Mali), que terminou com três mortos.

Nesta tarde se iniciam as negociações técnicas da cúpula climática, que terá seu dia principal amanhã, com a participação de cerca de 150 chefes de Estado e do governo de todo o mundo.

EFE   
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