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Historiador acha tumba de famoso sultão morto há 450 anos

11 dez 2015 - 14h31
(atualizado às 14h52)
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Os restos mortais de Solimão, o Magnífico, o sultão que governou por mais tempo o Império Otomano, entre 1520 e 1566, teriam sido encontrados após estarem desaparecidos por séculos.

"É quase certeza", anunciou o historiador húngaro Norbert Pap, quem vinha buscando na última década pelo coração e órgãos internos do sultão, que teriam sido enterrados em uma tumba na Hungria.

Solimão morreu em setembro de 1566 durante um ataque ao castelo Sziget, na Hungria. Seu exército saiu-se vitorioso, mas ao custo da vida de seu líder.

O sultão chegou para a batalha com 100 mil de seus melhores soldados, que foram enfrentados por 2,3 mil homens responsáveis por defender a fortificação e impedir o avanço turco rumo a Viena.

Solimão morreu em sua tenda. Seu corpo foi levado de volta para Constantinopla, mas seu coração e órgãos internos foram enterrado em Sziget.

Agora, o chefe do departamento de estudos de geografia política, regional e desenvolvimento da Universidade de Pecs, na Hungria, disse acreditar que uma tumba foi construída no local onde ficava a tenda do sultão.

Evidências

Solimão pensou que tomaria castelo facilmente, mas acabou sendo morto
Solimão pensou que tomaria castelo facilmente, mas acabou sendo morto
Foto: BBC / BBC News Brasil

Pap disse ter achado objetos, assim como outras evidências históricas, que sugerem que se trata da tumba de Solimão.

"Todos os dados apontam na mesma direção", afirmou o especialista durante a apresentação de suas mais recentes descobertas.

"Por isso dizemos que há uma 'grande probabilidade', porque não há sinais que apontem em outra direção. Mas é preciso ter mais elementos de confirmação, porque é um assunto delicado."

Em setembro, foram completados 449 anos desde que o turcos otomanos tomaram a cidade de Sziget. Mas eles tiveram tantas perdas que nunca mais voltaram a ameaçar Viena.

Batalha gerou grandes perdas para Solimão
Batalha gerou grandes perdas para Solimão
Foto: BBC / BBC News Brasil

O castelo ficava na rota para Viena, e Solimão pensava que o capturaria com facilidade, abrindo caminho para o avanço de suas tropas e a incorporação de grandes porções da Europa ocidental ao Império Otomano.

Mas Miklos Zrinyo, comandante do castelo, conseguiu impedir o avanço turco com seu pequeno exército.

"Não se trata apenas do coração de Solimão, mas da reconstrução de cada etapa da história e da geografia dos últimos 400 anos", disse Pap à BBC em 2013.

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