'Consideraria o suicídio assistido', diz Stephen Hawking
Contribuições à ciência, porém, o impediriam de tal ato: "ficaria me sentindo culpado se morresse sem descobrir mais sobre o universo"
O físico Stephen Hawking, 73 anos, deu uma entrevista polêmica para um programa britânico da BBC em que afirma que “consideraria o suicídio assistido” caso não houvesse mais contribuições a dar à Ciência, mas, como sabe que tem mais trabalho a fazer, não pensa sobre tal escolha. As informações são do The Guardian.
Hawking, que é diretor de pesquisa do Centro de Cosmologia Teórica da Universidade de Cambridge, defende que familiares e amigos sejam livres de punições por ajudarem àqueles que desejam morrer. "Manter uma pessoa viva contra a sua vontade é indigno", defende.
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No entanto, o físico lembrou um famoso incidente em sua própria vida: em 1985, quando sofreu complicações de pneumonia, sua então esposa, Jane, se recusou a desligar a máquina de suporte de sua vida e, somente por causa dessa salvaguarda, ele conseguiu se recuperar e completar seu aclamado livro “Uma Breve História do Tempo”.
O físico e cosmólogo já defendeu o suicídio assistido em outras ocasiões, como em uma entrevista em 2014, quando revelou que já teria tentado se matar na década de 1980 após uma cirurgia de traqueostomia. “Eu tentei não respirar para cometer suicídio, mas o reflexo da respiração é muito forte”, contou em meados do ano passado.
O cientista britânico afirmou na entrevista à BBC que ainda tem muitas descobertas a fazer e teorias para produzir, muito embora sofra de uma doença há cinco décadas. “Ficaria me sentindo culpado se morresse sem descobrir mais sobre o universo”, disse.
Aos 21 anos, Stephen Hawking foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e os médicos, na época, afirmaram que ele morreria dentro de dois anos, além de ter que usar cadeira de rodas. Sobre isso, o físico disse lamentar não poder nadar. Outra coisa que Hawking revelou é ser tímido e não conseguir falar mais com os fãs por causa de sua timidez, que muitas vezes se mostram nervosos ou receosos de conversar com a “lenda da ciência”.
