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Veja acertos e erros de De Volta para o Futuro 2 sobre 2015

Em novembro de 1989, Marty McFly e Doc Brown chegaram ao futuro no 2° filme da trilogia. E o futuro, naquela época, era o dia 21/10/2015

20 out 2015 - 12h54
(atualizado às 18h09)
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A viagem ao futuro foi justamente para 21 de outubro de 2015
A viagem ao futuro foi justamente para 21 de outubro de 2015
Foto: Divulgação/BBC Brasil

Assistindo novamente ao longa quase 26 anos depois, é impressionante notar como muitas das tendências tecnológicas mostradas no filme são comuns no presente.

Mas também cometeu erros. Veja abaixo alguns exemplos de previsões acertadas do filme, bem como as que passaram longe da realidade atual.

O DeLorean, carro que leva Marty e Doc em viagens no tempo: previsões de como seria 2015 acertaram em partes e erraram em outras
O DeLorean, carro que leva Marty e Doc em viagens no tempo: previsões de como seria 2015 acertaram em partes e erraram em outras
Foto: AFP

Transportes

"Para onde vamos não precisamos de estradas" - esta foi uma promessa que o filme não cumpriu.

Empresas ensaiaram, sem sucesso, lançamentos de carros voadores. A Terrafugia, de Boston (EUA), é um exemplo: prometeu começar a vender um modelo em 2012, mas ainda está tentando viabilizar o negócio.

Ouça os efeitos sonoros usados para os carros do filme: eles são quase silenciosos e fazem apenas um zumbido muito baixo, algo que hoje podemos associar ao Toyota Prius e outros carros elétricos.

Mas o conversor de energia Mr. Fusion, que transformaria lixo em combustível para o carro, ainda não é viável.

Foto: Universal Pictures

Algumas empresas, no entanto, já testam a geração de energia a partir do lixo. Cidades britânicas como Bristol e Bath recentemente começaram a usar ônibus cujo combustível é feito a partir do tratamento do esgoto e da comida descartada.

Também há esforços em curso em outros lugares para transformar os detritos gerados pela agricultura em um suplemento para gasolina. E o Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo.

Foto: Universal Pictures

O modo como o personagem Biff pagou uma corrida de táxi, com a impressão digital do polegar, não é tão diferente da maneira como pagamos por serviços de transporte como aplicativos de táxi, Uber e seu concorrente Lyft, sem usar cédulas de dinheiro.

Até a famosa cena do skate voador, ou hoverboard, não parece totalmente absurda em 2015.

Foto: Universal Pictures

A Lexus demonstrou o funcionamento de seu hover board em agosto. Ele requer uma pista de trilhos de metal no chão para poder levitar.

Recentemente o skatista Tony Hawk também foi filmado testando um outro hoverboard, o Hendo, baseado em uma tecnologia magnética parecida à usada pelo skate voador da Lexus.

No entanto, placas de carro com códigos de barra não viraram realidade.

Moda e beleza

O uso da tecnologia nas roupas já havia sido previsto pelo filme na jaqueta usada por Marty.

As roupas de hoje podem não ter todas as funções do casaco cinematográfico, como o secador interno. Mas alguns pioneiros já estão fazendo experiências: como encaixar eletrônicos nos tecidos das roupas.

Os quepes da polícia de têm pequenas telas onde é possível ler mensagens. O paralelo disso no presente são os vestidos da marca CuteCircuit's, que mostram tuítes.

A Nike, por sua vez, já patenteou os tênis que se amarram sozinhos, parecidos com os mostrados no filme.

Foto: Universal Pictures

Quanto aos cuidados com o corpo e a pele, no momento ainda não há esfoliação tão efetiva contra o envelhecimento ao estilo mostrado no personagem de Doc, que foi a uma "clínica de rejuvenescimento".

Mas as 6,7 milhões de injeções de botox e 1,2 milhão de peelings químicos realizados apenas nos Estados Unidos no ano passado sugerem que muitos estão pelo menos tentando.

Os robôs

Os drones mostrados em fazem apenas aparições rápidas, mas são muito atuais.

Organizações de mídia, como a própria BBC, começaram a usar estas pequenas aeronaves com câmeras para conseguir novas perspectivas nas imagens. Mesmo que não se sintam confortáveis enviando os drones para lugares lotados como os mostrados no filme.

Outro tipo de robô mostrado é um frentista de posto mecânico.

A Holanda já testou um dispositivo parecido há alguns anos, no projeto TankPitstop. E a Tesla está desenvolvendo algo parecido para carros elétricos.

Foto: Universal Pictures

Entretenimento

Felizmente fomos poupados das sequências de em Holomax, como mostrava uma cena.

Mas a indústria do cinema não desistiu das tecnologias 3D. O último projeto é um sistema de projeção a laser que teria imagens mais "brilhantes, nítidas e claras".

Essa inovação estreou recentemente em Londres com o filme que, não por acaso, é do mesmo diretor da trilogia , Robert Zemeckis.

Mas acertou mais quando tentou prever como seria o entretenimento dentro de casa.

A tela plana mostrada na casa de Marty McFly se parece com os painéis flexíveis mostrados recentemente pela LG em exposições do setor. Há rumores de que em breve essas telas serão comercializadas.

Já as televisões controladas pela voz já são realidade graças às smart TVs da Samsung e Sony, além de dispositivos como a Apple TV e o dispositivo da Amazon.

Foto: Universal Pictures

Óculos inteligentes

Temos uma pequena pista do que Marty Jr. vê através de seus óculos supertecnológicos mostrados no filme, da marca JVC, que hoje é uma força muito menor no mercado de eletrônicos.

Os maiores nomes do setor hoje estão apostando em várias formas de tecnologia parecida com a mostrada: a Microsoft com o Hololens, o Oculus Rift do Facebook ou a segunda versão do Google Glass.

No entanto, o maior erro do filme é a ausência dos smartphones.

Marty Jr. inclusive usa no filme um telefone público da operadora americana AT&T. O irônico é que esta foi a primeira companhia a oferecer o iPhone.

Não é que o longa não previsse uma mundo conectado pelos dados. Uma conversa em vídeo ao estilo do Skype é mostrada, e os dados de quem fez a ligação também aparecem. Mas a comunicação ocorre através da TV, e não por smartphones.

O filme também passou longe da realidade atual quando Marty foi avisado de uma prisão iminente por um jornal em papel, e não por uma tela touchscreen.

Duas décadas antes, o filme, de Stanley Kubrick, já tinha mostrado os "newspads".

Mas um ativista que tenta restaurar a torre do relógio de Hill Valley até parece usar um tablet em uma das cenas do filme.

Foto: Universal Pictures

Futuro offline

É difícil ser muito crítico em relação ao filme quando se leva em consideração que a internet tinha sido inventada no ano de lançamento do longa e o primeiro navegador só foi lançado no ano seguinte.

Isso pode explicar por que CD-Roms e os grandes Laser Discs são mostrados em pilhas de lixo. E, em uma era em que o e-mail nem tinha este nome, os futuristas responsáveis pelo filme imaginaram que seria mais fácil mandar um fax no meio da rua.

Mas isso não explica a quantidade enorme de máquinas de fax na casa de Marty.

também previu utensílios como fornos controlados por computador e um hidratador de pizzas. Hoje, no máximo, tempos um chef robótico, apresentado em uma feira em San Francisco, e uma geladeira que faz selfies.

Um acerto mostrado no filme foram as portas controladas por computador - a Universidade de Yale foi a última a lançar um produto como este no começo do mês.

Foto: Universal Pictures
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