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Governos pactuam 25 estratéticas para impulsionar Acordo sobre Clima de Paris

28 mai 2016 - 09h15
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Mais de 150 ministros de todo o mundo reunidos na segunda Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-2) pactuaram 25 estratégias com as quais buscam aplicar o acordo contra a mudança climática alcançado em Paris e a seção meio ambiental da Agenda 2030.

"Com consenso global, estamos tomando medidas para conseguir uma transformação real de nossos modelos de desenvolvimento", destacou o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, em comunicado divulgado na madrugada deste sábado.

Após uma semana de intensos debates em Nairóbi, a UNEA-2, conhecida como o "parlamento do Meio Ambiente", acordou estratégias conjuntas para fazer frente à contaminação marinha, o tráfico de vida selvagem, a poluição do ar e os produtos e resíduos químicos, entre outros.

Por exemplo, os governos se comprometeram a adotar novas medidas em nível nacional para prevenir e combater o tráfico de fauna selvagem, que a cada ano movimenta até US$ 150 milhões e está pondo em perigo de extinção muitas espécies de todo o planeta.

Entre as medidas, figura o fortalecimento da luta contra a corrupção e o desenvolvimento de meios de vida sustentáveis e alternativos para as comunidades afetadas pelo impacto adverso do comércio ilegal.

Perante os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontam que 12,6 milhões de mortes são atribuíveis a fatores ambientais a cada ano, os Estados se comprometeram a implantar medidas nacionais para melhorar a reciclagem de baterias de chumbo e pediram ao setor privado um maior envolvimento na gestão dos produtos e resíduos químicos.

Também se comprometeram a redobrar os esforços e a cooperação para evitar que se perca uma terceira parte de todos os alimentos produzidos anualmente, e conseguir portanto que a produção e o consumo sejam sustentáveis.

Durante a assembleia também foi abordado como a mudança climática é um novo fator de tensão a levar em conta nos conflitos armados por seu efeito multiplicador sobre outras causas como a desigualdade social e as disputas políticas.

Por isso, a UNEA-2 pediu aos Estados que cumpram com suas obrigações internacionais e protejam o meio ambiente durante os conflitos armados.

"A UNEA-2 proporcionou a liderança e a orientação que o mundo necessita para tomar estas medidas sem precedentes", afirmou Steiner.

A UNEA é o órgão convocado ao mais alto nível nesta matéria na história da ONU e aspira se transformar na autoridade mundial em matéria meio ambiental.

EFE   
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