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África

Governo egípcio pede devolução de peças roubadas de museu em ataque

16 ago 2013 - 11h37
(atualizado às 12h09)
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O governo do Egito pediu nesta sexta-feira que todas as pessoas que possuem peças de um museu da província de Il Minya, ao sul do Cairo, que foi saqueado durante os enfrentamentos registrados na última quarta-feira, que as devolvam às autoridades.

O ministro de Arqueologia do país, Mohammed Ibrahim, disse que quem entregar as peças roubadas do museu do distrito de Malawi não será julgado, mas recompensado com uma quantia em dinheiro.

Além disso, advertiu que os objetos arqueológicos desse museu são conhecidos e estão registrados em nível internacional, por isso não podem ser vendidos dentro ou fora do Egito.

O ministro fez essas declarações durante uma rodada de inspeção ao Museu Egípcio do Cairo. Ibrahim foi ao local para se informar sobre as fortes medidas de segurança impostas para proteger o edifício dos saques.

Acompanhado pelo chefe do Departamento de Museus, Ahmed Sharif, Ibrahim inspecionou o sistema contra incêndios e a central de monitoramento que mostram as imagens das câmeras de segurança dentro e fora do museu.

O ministro também ordenou o pagamento de uma ajuda financeira urgente à família de um dos trabalhadores do museu de Malawi que morreu ontem ao ser atingido por um disparo de supostos seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi durante o ataque ao local.

O Egito está imerso em uma espiral de violência desde a última quarta-feira quando a polícia atacou dois acampamentos dos islamitas no Cairo para desmantelá-los.

Nesse dia, pelo menos 578 pessoas morreram e mais de 4 mil ficaram feridas, segundo dados do governo, que não informou o número de vítimas nos distúrbios de ontem.

Os islamitas convocaram protestos para hoje, a 'sexta-feira da ira', enquanto o Exército aumentou os efetivos mobilizados no centro do Cairo, prevendo possíveis distúrbios.

EFE   
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