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Fórum Mundial da Água começa em Marselha de olho na Rio+20

12 mar 2012 - 10h17
(atualizado às 12h14)
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O Fórum Mundial da Água abriu sua 6ª edição nesta segunda-feira em Marselha, França, com o objetivo de aprofundar a busca por soluções para gestão desse recurso. Para os participantes, a intenção é de que suas resoluções sirvam para fazer da água um elemento central de discussão na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Sob o lema "É hora de soluções", o Fórum, que reúne durante seis dias chefes de Estado e de governo, ministros e representantes de empresas e da sociedade civil de 140 países, foi inaugurado pelo primeiro-ministro francês François Fillon.

Esta reunião sobre a água, realizada a cada três anos, foi aberta com chamados de advertência das Nações Unidas de que a mudança climática e o crescimento demográfico provocaram um aumento da pressão sobre a água, o que obriga a repensar como satisfazer esta galopante demanda do líquido.

Declarando que "os desafios são imensos e os números são tenazes", o chefe de governo francês lembrou que "o número de seres humanos que não têm acesso à água salubre são contabilizados em bilhões".

E "o número de mortos a cada ano devido aos riscos sanitários é contado em milhões", acrescentou Fillon. "Esta situação não é aceitável", declarou o primeiro-ministro, que é também titular do ministério de Ecologia da França.

Diferentemente dos Fóruns sobre a água anteriores, o de Marselha promete "soluções concretas" para garantir uma distribuição equitativa da água, cujo direito foi reconhecido pelas Nações Unidas em 2010.

A reunião deverá ser concluída com propostas sobre como aliviar a crescente pressão sobre este valioso recurso e como repartir melhor a água potável, já que cerca de 800 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a ela.

Entre os líderes mundiais que participarão da reunião em Marselha estão Mohammed VI do Marrocos, o chadiano Idriss Deby e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, além de cerca de 60 ministros.

Além de líderes governamentais, chefes de empresas, associações e organizações não governamentais discutirão o tema da água, esperando chamar a atenção internacional sobre a urgência de gerir melhor os recursos hídricos.

Em Marselha também será realizado um Fórum alternativo, que reunirá centenas de organizações não governamentais. Cerca de 2 mil representantes da sociedade civil, provenientes da América Latina, Espanha, Alemanha, Europa, África e Estados Unidos participarão do encontro, que tem início na quarta-feira.

Como pano de fundo destas duas reuniões está o alarmante estudo da ONU apresentado nesta segunda-feira, que ressalta que as mudanças climáticas, com suas consequentes secas e inundações, estão agravando a situação da água, ao derreter as geleiras e provocar mudanças nos padrões de chuva, o que impacta seriamente nas fontes de água.

O presidente do Conselho Mundial de Água, Loïc Fauchon, indicou durante a abertura que a mobilização destes anos demonstrou que "o futuro da água está nos campos político e social"
O presidente do Conselho Mundial de Água, Loïc Fauchon, indicou durante a abertura que a mobilização destes anos demonstrou que "o futuro da água está nos campos político e social"
Foto: AFP
Fonte: Terra
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