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Formiga vermelha pode ajudar a prever terremotos, segundo um estudo

11 abr 2013 - 18h28
(atualizado às 20h49)
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Um tipo de formiga vermelha europeia é capaz de "pressentir" terremotos - o que pode ajudar a determinar quando esses fenômenos sismológicos vão ocorrer - segundo estudo realizado por pesquisadores alemães.

"As formigas vermelhas têm uma rotina parecida com a dos humanos, pois durante o dia estão ativas e à noite descansam", disse uma das responsáveis pelo estudo, Gabriele Berberich, da Universidade de Duisburg-Essen, em entrevista coletiva em Viena durante a Assembleia da União Europeia de Geociências.

"Antes de um terremoto, a 'formiga vermelha da madeira' (Formica polyctena), que costuma viver em florestas, muda hábitos e interrompe sua fase de descanso noturno e mantém o comportamento atípico até que o terremoto passe", acrescentou.

Esses insetos constroem seus formigueiros em sistemas de falhas tectônicas ativas, que são, por isso, zonas propensas a terremotos. Durante o experimento - desenvolvido entre 2009 e 2012 - mais de 45 mil horas de vídeo foram gravadas para que se pudesse estudar os hábitos dessas formigas.

"Observamos que a colônia inteira, exceto a rainha, fica na parte superior do ninho, o que é bastante incomum. Normalmente, elas ficam em áreas mais profundas para evitar predadores", explicou Gabriele.

A pesquisa - feita em uma área sismologicamente ativa da Alemanha - classificou as formigas e analisou suas reações aos movimentos tectônicos, o que revelou os comportamentos incomuns antes e durante tremores superiores a uma magnitude de dois graus na escala Richter.

"Em tremores de magnitude menor que dois graus, não pudemos detectar mudanças de comportamento significantes", afirmou a pesquisadora. Além disso, outros parâmetros - como mudanças no clima do formigueiro antes de um terremoto - foram avaliados para determinar se influenciavam nos hábitos desses insetos, ressaltou Gabriele.

"A pressão muda a estrutura dos gases, e as formigas são capazes de detectar essa alteração porque são muito sensíveis a estas reações, assim como a variações eletromagnéticas", explicou. "Monitorar essas formigas foi um grande passo para entender os processos geotectônicos e diagnosticar alguns precursores (de movimentos sísmicos)", disse Gabriele.

"Iniciaremos grandes projetos interdisciplinares para determinar com mais detalhes que é o que faz com que as formigas mudem seus hábitos dessa maneira", garantiu.

EFE   
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