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Cientista: fim do mundo já começou, mas pode levar bilhões de anos

12 dez 2012 - 13h26
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Guerra nuclear, pandemia viral, mudança climática: a suposta profecia maia do fim do mundo não será cumprida, mas o Apocalipse já começou e agonia será lenta, alertam os cientistas. "A ideia de que o mundo acabará subitamente, por uma causa qualquer, é absurda", declarou David Morrison, cientista da Nasa e especialista da vida no espaço.

O homem imagina há milênios como será o apocalipse. De tempos em tempos surge uma nova teoria, com fundamento ou não, de como será o nosso fim. Contudo, algumas acabam falhando totalmente e, após provocar pânico em algumas pessoas, viram piada. Conheça algumas das teorias apocalípticas mais furadas da história. As informações são do site LiveScience
O homem imagina há milênios como será o apocalipse. De tempos em tempos surge uma nova teoria, com fundamento ou não, de como será o nosso fim. Contudo, algumas acabam falhando totalmente e, após provocar pânico em algumas pessoas, viram piada. Conheça algumas das teorias apocalípticas mais furadas da história. As informações são do site LiveScience
Foto: Getty Images

"A Terra existe há mais de quatro bilhões de anos e passarão muitos anos antes do Sol tornar nosso planeta inabitável", insistiu o cientista, que criticou as "ridículas" versões que preveem o fim do mundo para 21 de dezembro de 2012, injustamente atribuído ao calendário maia.

Em quase 5 bilhões de anos, o Sol se transformará em uma estrela gigante vermelha, mas o calor crescente terá, muito antes, provocado a evaporação dos oceanos e o desaparecimento da atmosfera terrestre. O astro solar resfriará depois, até a extinção, mas isto não nos dirá respeito, explica.

"Até lá, não existe nenhuma ameaça astrônomica ou geológica conhecida que poderia destruir a Terra", afirma David Morrison. A ameaça poderia vir do céu, como demonstram algumas produções de Hollywood que descrevem gigantescos asteróides em choque com a Terra?.

Uma catástrofe similar, que implica um astro de 10 a 15 km de diâmetro, caiu sobre a atual península mexicana de Yucatán, causando provavelmente a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos. Os astrônomos da Nasa afirmam que não é provável que aconteça uma catástrofe similar, em um futuro previsível.

"Estabelecemos que não há asteroides tão grandes perto de nosso planeta como o que terminou com os dinossauros", disse o cientista, acalmando os temores de alguns sobre um fim do mundo em breve. Além disso, se um asteroide provocou a extinção dos dinossauros e de muitas espécies, não erradicou toda a vida na Terra. A espécie humana teria a oportunidade de sobreviver, destaca.

Sobreviver a uma pandemia mundial é mais complicado

Sobreviver a uma pandemia mundial de um vírus mutante, do tipo gripe aviária H5N1, poderia ser mais complicado, mas "não provocaria o fim da humanidade", explica Jean-Claude Manuguerra, especialista em virologia do Instituto Pasteur de Paris.

"A diversidade de sistemas imunológicos é tão importante que há pelo menos 1% da população que resiste naturalmente a uma infecção", afirmou o especialista da revista francesa Sciences & Vie, que consagrou um número especial ao fim do mundo.

Apesar da tese de uma guerra nuclear ter perdido força desde o fim da Guerra Fria, não desapareceu completamente. O número de vítimas dependeria de sua magnitude, mas inclusive um conflito regional - como entre Paquistão e Índia - bastaria para causar um "inverno nuclear" com efeitos em todo o planeta, como uma queda das temperaturas que impossibilitaria a agricultura.

Mas os cientistas demonstram inquietação com a mudança climática a alertam que o aquecimento do planeta é o que mais se parece com o temido fim do mundo. E desta vez não são simples temores e hipóteses. Secas, tempestades e outras catástrofes naturais se tornariam mais frequentes e intensas com o aumento das temperaturas mundiais, que poderiam registrar alta de +2°C, +4°C e até +5,4°C até 2100.

Isto equivaleria a um suicídio coletivo da espécie humana, advertem os cientistas, que intensificam os pedidos para conter o devastador aquecimento do planeta.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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