Premiê australiana faz "alerta" sobre o fim do mundo
6 dez2012 - 10h40
(atualizado às 11h01)
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A primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, entrou no debate sobre o possível fim do mundo em 21 de dezembro, de acordo com o calendário Maia, em um vídeo em tom de paródia sobre o pop coreano e zumbis.
No vídeo de um minuto gravado para a audiência jovem da estação de rádio Triple J, uma Gillard de visual sombrio afirma que o Apocalipse está próximo, apesar da falta de provas. "Meus caros companheiros restantes australianos, o fim do mundo está chegando", ela afirma.
"Independente se o fim vier com zumbis comedores de carne, bestas demoníacas ou do triunfo total do K-Pop, se você conhece alguma coisa a meu respeito é isto: eu vou sempre lutar por você até o final".
A primeira-ministra diz que existe um lado positivo no armagedon, que ela lembra não ter acontecido como resultado do tão falado bug do milênio, no ano 2000, ou da taxa de poluição na Austrália. "Pelo menos isto significa que não terei mais que participar das perguntas e respostas", ela afirma, em referência ao compromisso semanal no qual presta contas ao país. "Boa sorte a todos", conclui.
O dia 21 de dezembro representa o fim de um ciclo no calendário Maia, que começou no ano 3114 antes de Cristo.
A indústria do entretenimento se aproveitou da ''previsão'' e produziu obras como o filme americano "2012", que mostra inundações, terremotos e erupções vulcânicas no planeta.ajc/fp
Preocupados com sua segurança, muitas pessoas recorrem aos abrigos conhecidos como bunkers. Empresas especializadas nesse tipo de estrutura, como a Terravivos e a Bunker Brasil, podem construir até verdadeiras mansões debaixo da terra - para quem puder pagar
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
Os bunkers surgiram na Primeira Guerra Mundial - estendendo-se para os demais conflitos bélicos que vieram a seguir. Serviam para proteger, além dos soldados, combustível e munição de projéteis inimigos, que poderiam danificá-los ou fazê-los explodir. Mais tarde, passaram a ser utilizados também para proteção contra fenômenos naturais, como tornados
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
'Bunkers são estruturas construídas abaixo do nível do solo, geralmente reforçadas por concreto e chapas de aço, e que servem de abrigo para pessoa ou grupo de pessoas', explica Irenaldo Pereira, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp) do Distrito Federal
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
Enquanto a empresa brasileira reafirma que não acredita em 'apocalipse maia' e vendi seus produtos para proteger os clientes contra ameaças reais, a americana Terravivos entre na onda do calendário maia para aquecer suas vendas
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
'O mundo está no limite, tanto economicamente quando politicamente, enquanto muitas previsões estão acontecendo. A profecia maia está no fundo de nossas mentes, mas apenas como um sinal de que é tempo para se preparar', afirma a diretora de mídia da Terravivos, Barbi Grossman.
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
Wagner Hebling, diretor da Bunker Brasil, garante que seus clientes não procuram adquirir abrigos subterrâneos motivados pelas interpretações do calendário maia. A empresa brasileira, além da construção dos abrigos abaixo do solo, faz blindagens arquitetônicas para grandes construtoras, empresas e pessoas físicas
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
'Eles não acreditam que o mundo irá acabar, como o divulgado fim do mundo, por muitas mídias. Também não acreditam que poderá acontecer algo realmente catastrófico em uma data específica como algumas pessoas deduzem em relação ao calendário Maias', afirma
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
Segundo Hebling, a empresa tem a sua opinião oficial e comunica isso aos clientes. 'A posição da empresa Bunker Brasil é bem clara. Declaramos abertamente que não acreditamos no fim do mundo'
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
O bunker, além de desastres naturais, é vendido como uma opção para defesa contra a criminalidade. Se uma casa bem munida de equipamentos de segurança não é o suficiente, o bunker pode ser opção mais reforçada
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
'Podemos dizer que as precauções dos nossos clientes são as mais diversas. Vão desde proteção contra assaltos até adversidades mais graves, que poderão gerar alterações sociais drásticas com as quais muitas pessoas não estão habituados a se deparar', diz Hebling
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
Apesar de, em várias ocasiões, Robert Vicino, CEO da Terravivos, ter se manifestado publicamente afirmando que uma grande quantidade de pessoas já havia reservado ou adquirido bunkers, não existe uma estatística oficial sobre essa procura ¿ segundo Pereira, por questões de segurança
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
'Clientes solicitam bunker também contra invasão de criminosos em suas propriedades rurais, desejando um local seguro para a permanência de sua família até o socorro policial chegar ao local, que muitas vezes é distante da área urbana'
Foto: Bunker Brasil / Divulgação
Os especialistas nesse tipo de construção, afirmam que é possível fazer um bunker para abrigar uma pequena família ou até para grupos com mais de 100 pessoas. Além da estrutura de segurança, é desenvolvido mobiliado, pronto para morar, de modo a oferecer conforto aos refugiados
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
O número de cômodos e o tamanho varia, assim como o preço, que pode ultrapassar R$ 1 milhão, dependendo da complexidade e luxo. É concebido de maneira a ter seu fornecimento de água, energia elétrica e telefone independentes do restante da casa. O tempo de permanência em um bunker depende apenas da quantidade de suprimentos estocados
Foto: Bunker Brasil / Divulgação
Além de especular sobre o possível apocalipse maia, a Terravivos também usa possíveis situações de terrorismo nuclear e anarquia ¿ provocada pelas crises econômicas em larga escala ¿ como argumentos de venda
Foto: 2012 Terravivos.com / Divulgação
'As interpretações apocalípticas sempre povoaram a cabeça das pessoas, e a cada período surgem novidades no mercado tentando atrair compradores e adeptos às suas ideias de 'salvação' das catástrofes. Mais recentemente fala-se das interpretações do calendário maia', diz Irenaldo Pereira