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EUA e China assinam 1° compromisso entre cidades contra mudança climática

15 set 2015 - 09h11
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Os Estados Unidos e China assinarão nesta terça-feira seu primeiro compromisso para que as 11 cidades do gigante asiático, e vários estados e cidades dos EUA como Califórnia e Seattle limitem sua emissão de gases do efeito estufa para lutar contra a mudança climática, segundo antecipou a Casa Branca.

Este primeiro acordo em nível local ocorrerá na cúpula realizada entre hoje e amanhã em Los Angeles (Califórnia, EUA) e inscreve- se no pacto de novembro de 2014 entre os presidentes chinês, Xi Jinping, e americano, Barack Obama, próximo da cúpula mundial de Paris em dezembro.

"Este ano é o ano da implementação, o ano no qual nossos dois países demonstrarão o compromisso para implementar e executar seus objetivos, e dar ambiciosos e concretos passos para reduzir suas emissões de carvão", destacou em uma conferência telefônica o principal assessor de Obama nesta matéria, Brian Deese.

Concretamente, segundo Deese, com a assinatura desta nova declaração climática, 11 cidades chinesas, que supõem 25% da superfície urbana da China, se comprometerão a cortar em 1,2 gigatoneladas suas emissões de CO2 ao ano durante as próximas décadas.

Este número, 1,2 gigatoneladas, representa a mesma quantidade de gases do efeito estufa emitidos por Japão e Brasil.

As cidades se comprometeram a alcançar seus níveis máximos de emissões antes de 2030, o que reforça o objetivo marcado pela China para que seus níveis de gases do efeito estufa alcancem seu nível máximo nesse ano e comecem a se reduzir a partir de então, destacou o alto funcionário da Casa Branca.

No entanto, segundo apontou Deese, Pequim e a província chinesa de Cantão (sul do país) se comprometeram a tomar como referência para seu pico de emissões o ano 2020 e a partir então começar a aplicar a redução anual estipulada, o que representa uma vantagem de dez anos com relação à data nacional.

Nos EUA, as cidades e estados que assinarão o acordo são Boston (Massachusetts), Atlanta (Geórgia), Los Angeles (Califórnia), Portland (Oregon), Seattle (Washington), Houston (Texas), Salt Lake City (Utah), Des Moines (Iowa), Carmel (Indiana), Pinecrest (Flórida) e São Francisco (Califórnia), entre outras.

Concretamente, o estado da Califórnia se comprometeu a reduzir para 2050 entre 80% e 90% as emissões de dióxido de carbono com relação aos níveis de 1990 e a cidade de Seattle se impôs a meta de ser "carbono neutro" para o ano 2050, segundo destacou na conferência telefônica Deese.

"Carbono Neutralidade" é a prática de conseguir um balanço entre as equivalentes de emissões de dióxido de carbono e os demais gases que produzem efeito estufa com quantidades iguais de oxigênio para não contribuir ao aquecimento global.

Desta forma, ressaltou Deese, diferentes cidades e estados dos Estados Unidos seguem o caminho marcado por Obama, que fez da luta contra a mudança climática uma de suas prioridades durante seu segundo mandato.

No início de agosto, Obama apresentou o chamado "Plano de Energia Limpa" para que os EUA reduzam para 2030 em 32% as emissões de carbono das centrais termoelétricas com relação aos níveis de 2005.

Esse plano complementa o objetivo geral com o qual os Estados Unidos se comprometeram perante as Nações Unidas visando a conferência global sobre mudança climática que será realizada em dezembro em Paris.

A meta, formalizada em março, diz que os Estados Unidos reduzirão para 2025 suas emissões de efeito estufa, no total, não só as procedentes de centrais termoelétricas, entre 26% e 28% com relação aos níveis de 2005.

EFE   
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