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Estudo sugere que tiranossauro caçava presas vivas

15 jul 2013 - 21h22
(atualizado em 16/7/2013 às 09h12)
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Pesquisa revelou a primeira descoberta de um dente quebrado de dinossauro nos ossos de outro
Pesquisa revelou a primeira descoberta de um dente quebrado de dinossauro nos ossos de outro
Foto: Getty Images

A descoberta de um dente de tiranossauro incrustado nas vértebras de outro dinossauro pode ser uma primeira prova de que o temido animal caçava presas vivas, de acordo com estudo publicado nos Estados Unidos nesta segunda-feira.

Há tempos, os cientistas debatem se os fósseis encontrados permitem provar que o tiranossauro era um caçador feroz ou um simples devorador de carniças.

Descobertas anteriores de ossos de dinossauros nos estômagos de tiranossauros rex fossilizados já tinham dado a entender que o animal - que viveu ao final do Cretáceo, há 66-100 milhões de anos - era um poderoso predador.

Esse novo estudo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) revela a primeira descoberta de um dente quebrado de dinossauro nos ossos de outro, exatamente entre duas vértebras de um dinossauro herbívoro.

Pesquisadores mostram parte do dente de um tiranossauro na vértebra de outro animal - que estava vivo no momento do ataque
Pesquisadores mostram parte do dente de um tiranossauro na vértebra de outro animal - que estava vivo no momento do ataque
Foto: AP

"O que podemos concluir, sem dúvida alguma, é que este tiranossauro iniciou um combate com outro dinossauro vivo", explica o principal autor do estudo, Robert DePalma, do Museu de História Natural de Palm Beach, na Flórida.

Esses ossos foram encontrados em 2007 em um sítio arqueológico, no qual abundam fósseis de dinossauros, localizado entre Montana, Dakota do Norte e Dakota do Sul. O pedaço de dente em questão mede 3,75 centímetros. Os dentes do tiranossauro tinham o tamanho médio de uma banana.

No fóssil encontrado, o osso do dinossauro atacado voltou a crescer depois do ferimento provocado pelo dente, o que faz pensar que o dinossauro conseguiu escapar do combate e que o ferimento cicatrizou.

"É uma peça extremamente rara", comentou DePalma.

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Os paleontólogos afirmam, porém, que essa descoberta não significa que o tiranossauro se alimentava apenas de animais vivos. Também comia animais mortos, "como a maioria dos grandes predadores da nossa época", afirma o texto.

Jack Horner, curador de Paleontologia do Museum of the Rockies, em Bozeman, Montana, não está muito convencido das conclusões dessa pesquisa. Horner descreve o tiranossauro mais como uma hiena do que como um leão, ou seja, como um animal que se alimenta tanto de carniça quanto de animais recém-caçados, tanto grandes quanto pequenos.

Horner também defendeu a teoria de que os braços curtos do tiranossauro, seu corpo volumoso e seu olfato muito desenvolvido o tornam perfeitamente apto a perceber o odor dos animais mortos.

Consultado pela AFP sobre esse estudo, Horner manteve sua posição: "sem dúvida, não refuta nossa teoria, segundo a qual o tiranossauro rex era um carnívoro oportunista como a hiena. Mostra simplesmente que um tiranossauro mordeu outro dinossauro".

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