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Telescópio registra em detalhes a Nebulosa de Camarão

18 set 2013 - 18h06
(atualizado às 18h39)
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Imagem, obtida pelo VLT Survey Telescope (VST), o maior telescópio do mundo concebido para mapear o céu em radiação visível, mostra nodos de estrelas quentes recém-nascidas aninhados entre as nuvens que compõem a nebulosa de Camarão
Imagem, obtida pelo VLT Survey Telescope (VST), o maior telescópio do mundo concebido para mapear o céu em radiação visível, mostra nodos de estrelas quentes recém-nascidas aninhados entre as nuvens que compõem a nebulosa de Camarão
Foto: ESO / Divulgação

O Observatório do Paranal, no Chile, registrou a imagem mais nítida já feita da Nebulosa do Camarão, conhecida pelo nome formal IC 4628. Situada a cerca de 6 mil anos-luz da Terra, na constelação do Escorpião, o brilhante amontoado de estrelas é uma extensa região cheia de gás e nodos de poeira escura onde se formam estrelas.

Estas nuvens de gás são regiões de formação estelar que produzem jovens estrelas brilhantes e quentes. Na luz visível, estas estrelas aparecem-nos de cor azul-esbranquiçada, mas emitem igualmente intensas quantidades de radiação noutras partes do espectro eletromagnético - nomeadamente no ultravioleta.

É na radiação ultravioleta que as estrelas fazem com que as nuvens de gás brilhem. Esta radiação arranca os elétrons aos átomos de hidrogénio, que seguidamente se recombinam, libertando energia sob a forma de luz. Quando este processo ocorre, cada elemento químico emite radiação em determinadas cores – no caso do hidrogénio, a cor predominante é a vermelha.

A Nebulosa do Camarão tem cerca de 250 anos-luz de dimensão, cobrindo uma área no céu equivalente a quatro vezes a lua cheia. Apesar deste tamanho enorme, tem sido frequentemente negligenciada pelos observadores por ser tão tênue e também porque a maioria da sua radiação é emitida a comprimentos de onda para os quais o olho humano não é sensível. A nebulosa é também conhecida pelo nome de Gum 56, em honra do astrónomo australiano Colin Gum, que publicou um catálogo de regiões HII em 1955 – a IC 4628 é um exemplo de uma região HII.

No decorrer dos últimos milhões de anos, esta região do céu formou muitas estrelas, tanto individualmente como em enxames. Existe um grande enxame estelar disperso chamado Collinder 316, espalhado por quase toda a imagem. Este enxame faz parte de um conjunto muito maior de estrelas muito quentes e luminosas. Vemos também muitas estruturas escuras ou cavidades, donde o material interestelar foi soprado pelos ventos poderosos gerados pelas estrelas quentes da vizinhança.

Fonte: Terra
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