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Telescópio de raio-X detecta restos de supernova que explodiu

31 jul 2012 - 19h35
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Há mais de 50 anos, uma supernova foi descoberta em M83, uma galáxia espiral a cerca de 15 milhões de anos-luz da Terra. Astrônomos utilizaram o Observatório de Raio-X Chandra, da Nasa, para fazer a primeira detecção de raios-X emitidos pelos destroços dessa explosão.

A imagem do Chandra mostra a energia baixa, média e alta de raios observada, respectivamente, em vermelho, verde e azul
A imagem do Chandra mostra a energia baixa, média e alta de raios observada, respectivamente, em vermelho, verde e azul
Foto: Nasa / Divulgação

Chamada de SN 1957D por ser a quarta supernova descoberta em 1957, ela é uma das poucas localizadas fora da Via Láctea que são detectáveis, em comprimento de ondas ópticas e de rádio, décadas após a explosão ter sido observada. Em 1981, astrônomos viram o restante da estrela explodida em ondas de rádio, e em 1987 eles detectaram o restante em comprimentos de ondas ópticas, anos depois que a luz da explosão em si se tornou indetectável.

Uma observação relativamente curta, de aproximadamente 14 horas, do Chandra em 2000 e 2001 não detectou nenhum raio-X do remanescente da SN 1957D. No entanto, uma observação muito maior realizada em 2010 e 2011, totalizando aproximadamente oito dias e meio, revelou a presença de emissão de raios-X.

Essa nova imagem feita pelo Chandra da M83 é uma das observações mais profundas já feitas em uma galáxia espiral localizada além da nossa. Esse ponto de vista mostra a energia baixa, média e alta de raios observada, respectivamente, em vermelho, verde e azul.

Os novos dados dos restos da SN 1957D fornecem informações importantes sobre a natureza dessa explosão, que astrônomos acreditam ter acontecido quando uma estrela massiva ficou sem energia e entrou em colapso. A distribuição dos raios-X com energia sugerem que a supernova contém uma estrela de nêutrons - ou pulsar-, uma estrela densa que gira rapidamente formada quando o núcleo da estrela pré-supernova entrou em colapso.

Se esta interpretação for confirmada, a pulsar na SN 1957D é observada em uma idade de 55 anos, uma das mais jovens estrelas já vistas. O remanescente da SN 1979C, na galáxia M100, é outro candidato a mais novo pulsar, mas os cientistas não têm certeza se há um buraco negro ou uma estrela de nêutrons no centro dessa supernova.

Fonte: Terra
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