PUBLICIDADE

Stephen Hawking respalda projeto para enviar nave a outro sistema solar

12 abr 2016 - 17h27
Compartilhar
Exibir comentários

O físico britânico Stephen Hawking expressou nesta terça-feira seu apoio a um programa financiado pelo milionário russo Yuri Milner para enviar uma nave a outro sistema solar.

O plano, que conta com um orçamento de US$ 99,2 milhões e é respaldado também pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pretende enviar uma pequena nave para além de onde chegou qualquer outro artefato construído até agora.

"O desenvolvimento das últimas duas décadas e os avanços futuros fazem com que seja possível criá-la dentro de uma geração", afirmou Hawking à emissora pública britânica "BBC".

O projeto depende da organização privada Breakthrough Foundation, criada por Milner para impulsionar diversas iniciativas científicas que os governos e as instituições públicas consideram ambiciosas demais para dedicar-lhes fundos.

"Os astrônomos acreditam que há possibilidades razoáveis de que um planeta similar à Terra orbite em alguma das estrelas do sistema Alpha Centauri. Saberemos mais nas próximas duas décadas graças aos telescópios que estão em terra e em órbita", declarou Hawking.

A Breakthrough Foundation organizou um grupo de pesquisadores para avaliar as possibilidades técnicas de fabricar naves capazes de alcançar outra estrela no tempo que dura uma geração e enviar informação outra vez.

O sistema estelar mais próximo à Terra está a 40 trilhões de quilômetros de distância, um espaço que uma nave construída com a tecnologia atual demoraria 30.000 anos para percorrer.

O diretor do projeto, Pete Worden, afirmou que "há poucos anos nem sequer teria sido possível viajar para uma estrela a essa velocidade".

Seu grupo de cientistas projetou um mecanismo que poderia permitir passar por cima de algumas das limitações técnicas atuais.

Sua ideia é pôr em órbita pequenas naves espaciais do tamanho de um microchip equipadas com uma espécie de "vela solar", um método de propulsão alternativo ao uso de motores.

Graças ao empurrão proporcionado por um potente laser na Terra, essas naves diminutas poderiam alcançar 20% da velocidade da luz, segundo os cálculos do grupo de Worden.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade