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Sistema de navegação Galileu acrescenta 2 novos satélites a sua 'constelação'

17 dez 2015 - 10h56
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O sistema europeu de navegação Galileu somou nesta quinta-feira outros dois novos satélites, os números 11 e 12, a uma 'constelação' que contará com 26 dispositivos em órbita quando estiver completa e que entrará em funcionamento parcial em 2016, e total em 2020, para competir com o GPS americano.

O lançamento dos dois aparelhos aconteceu às 11h51 GMT (9h51 em Brasília) a partir do Centro Espacial Europeu de Kuru, na Guiana francesa, a bordo de um foguete russo Soyuz.

Os satélites, cada um com 717 quilos de massa, serão colocados a 23.222 quilômetros de altitude em uma órbita circular inclinada, de onde contribuirão para afinar a precisão de Galileu, a grande contribuição de uma 'constelação' compatível com os demais sistemas de navegação já existentes.

"O sistema Galileu está sendo construído de forma gradativa e da mesma maneira está previsto que sejam introduzidos os serviços ao usuário final e se prevê que já possa oferecer um serviço inicial no final de 2016", explicou à Agência EFE Javier Ventura-Traveset, porta-voz da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) na Espanha.

O Galileu é o primeiro serviço de navegação de uso civil e não controlado pelas forças armadas, como seu concorrente americano, no que a Europa está trabalhando há duas décadas.

"Esse serviço inicial permitirá melhorar o sistema GPS ao acrescentar os primeiros satélites operacionais do Galileu e usando os dois sistemas conjuntamente. É o que chamamos 'interoperabilidade' entre os dois sistemas", acrescentou Javier.

Ao combinar o GPS com vários satélites Galileu operacionais, a disponibilidade para o usuário do serviço de geolocalização "aumentará de forma notável, sobretudo em zonas urbanas nas quais o número de satélites em vista é mais limitado", acrescentou o porta-voz da ESA.

Após um custo acima do previsto e atrasos, os primeiros satélites do sistema Galileu entraram em órbita em outubro de 2011.

"Uma segunda etapa operacional será no final de 2018 em que o Galileu oferecerá uma grande melhora no serviço, ao dispor já de cerca de 24 satélites em órbita. Por último, em 2020 está previsto que o sistema ofereça um serviço completo em todos seus serviços e com 30 satélites em órbita", concluiu Javier.

EFE   
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