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"Marte tem muito mais a oferecer que a Lua", diz Buzz Aldrin

16 jul 2009 - 20h12
(atualizado às 20h40)
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O segundo astronauta a pousar na Lua na histórica viagem de 20 de julho de 1969 afirmou nesta quinta-feira que "Marte tem muito mais a oferecer ao homem do que a Lua". Durante evento comemorativo nos Estados Unidos relativo aos 40 anos da missão Apollo 11, Buzz Aldrin, 78 anos, que pilotou o Módulo Lunar Eagle, pediu "mais Marte e menos Lua" aos novos responsáveis da era Barack Obama. As informações são do jornal El Mundo.

Divulgadas imagens restauradas do homem na Lua:

Aldrin não concorda com os objetivos da Nasa de retornar com missões tripuladas ao satélite terrestre até 2020. "Quanto aos corpos celestes, a Lua não é um lugar particularmente interessante, mas Marte é. É o planeta mais semelhante à Terra encontrado até agora. Me preocupa o passo lento da Nasa, dando ênfase a um retorno à Lua, enquanto Marte está desaparecendo à distância", criticou.

Conforme a teoria do célebre ex-astronauta, além de ser parecido com a Terra, o planeta vermelho tem atmosfera e um ciclo de dia/noite semelhantes ao nosso. "Também existem estações. A Rússia ainda está trabalhando a possibilidade de obter água ou gelo dos buracos existentes em Marte", disse Aldrin, citado pelo diário espanhol.

Há semanas, Buzz Aldrin vem reforçando o pedido para que o mundo aponte o o foco das pesquisas para Marte durante aparições nos meios de comunicação. Nesta quinta, o ex-astronauta participou de um forum com os colegas das demais missões Apollo no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida.

"Terra cada vez mais frágil"

O ex-astronauta Michael Collins, 78 anos, outro que ficou famoso por pilotar o Módulo de Comando Columbia da Apollo 11, afirmou que a Terra está cada vez mais frágil desde que o homem chegou à Lua e pediu aos governantes que a protejam.

Segundo Collins, a recordação mais memorável da viagem foi olhar a Terra e constatar sua beleza e fragilidade. "Realmente creio que, se os líderes políticos do mundo observassem o planeta a uma distância de 160 mil km, suas visões mudariam totalmente", comentou.

Para o ex-astronauta, as fronteiras consideradas tão importantes atualmente seriam invisíveis. "O pequeno globo continuaria girando, ignorando calmamente as suas subdivisões, apresentando uma fachada unida que pediria, aos gritos, compreensão unificada para o tratamento homogêneo. "A Terra deve ser o que parece, azul e branca (...), nem capitalista e nem comunista. Azul e branca, nem rica e nem pobre. Azul e branca, nem invejosa e nem invejada", aconselhou.

A opinião de Buzz Aldrin também vai ao encontro do que pensa o companheiro Michael Collins. "As aparências podem ser enganosas. Sem dúvida, (a Terra) não está serena, e sim, definitivamente frágil cada vez mais", alertou.

O segundo homem a caminhar em solo lunar diz ficar irritado pela adulação às celebridades e aos herois que, na verdade, "não são nem um, nem outro". "Os herois abundam, deveriam ser reverenciados como tais, mas eles não contam entre os astronautas. Trabalhamos muito, levamos nossas atividades quase à perfeição, mas foi para isso que nos contrataram", concluiu.

Com informações da agência EFE

Fonte: Redação Terra
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