Primeiro voo privado à Estação Espacial está muito próximo
18 abr2012 - 13h28
(atualizado às 15h01)
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A empresa americana SpaceX está muito perto de realizar o primeiro voo privado à Estação Espacial Internacional (ISS), com "boas possibilidades" de realizar o lançamento de uma cápsula de carga não tripulada, previsto para 30 de abril, indicou nesta semana a Nasa.
"Tudo caminha bem conforme nos aproximamos da data de lançamento de 30 de abril", disse Bill Gerstenmaier, responsável pelos programas espaciais da Nasa, mas advertiu que há muito a ser feito antes da partida. Há "boas possibilidades" de que o lançamento seja neste dia, insistiu na segunda-feira durante uma coletiva de imprensa, na qual se disse "impressionado pelo trabalho realizado".
Gerstenmaier fez estas declarações após uma reunião de mais de quatro horas no Centro Espacial da Nasa em Houston, no Estado do Texas (centro-sul do país), entre os responsáveis pela missão da Nasa e a empresa Space Exploration Technologies (SpaceX).
O especialista informou que há uma nova reunião prevista para o dia 23 de abril para voltar a revisar os preparativos deste primeiro voo de testes da cápsula Dragon da SpaceX, antes de dar luz verde definitiva ao lançamento.
Entre outras coisas, os engenheiros da Nasa verificam o software da SpaceX para assegurar a compatibilidade com os da ISS. O lançamento da cápsula Dragon, propulsada pelo foguete Falcon 9 da SpaceX, está previsto a partir da base aérea de Cabo Cañaveral, Flórida (sudeste), perto do Centro Espacial Kennedy da Nasa.
A cápsula Dragon - que pesa cerca de seis toneladas e mede 5,2 m de altura e 3,6 m de diâmetro - será, se tudo correr como o planejado, a primeira nave espacial privada a se acoplar à ISS. Para este primeiro acoplamento, os astronautas a bordo da estação orbital utilizarão o braço robótico para ter acesso à cápsula Dragon.
Dragon fará as mesmas manobras de aproximação da ISS que as naves espaciais de carga automática ATV europeia e HTV japonesa, efetuando, antes do acoplamento, um sobrevoo da ISS a uma distância de 2,5 km, aproximando-se depois. Uma vez concluída a missão, a Dragon vai se desacoplar para retornar à Terra. Sua aterrissagem está prevista no Oceano Pacífico em frente à costa da Califórnia (oeste).
Elon Musk, fundador da SpaceX, que fez sua fortuna na internet com a firma PayPal, reconheceu durante uma coletiva de imprensa a dificuldade de um acoplamento entre duas naves espaciais, enquanto a ISS e a Dragon avançam cada uma a 27 mil km/hora.
"Acredito que é importante perceber que é complicado", disse. Mas disse estar cautelosamente otimista sobre as possibilidades de êxito do acoplamento, afirmando que a SpaceX já lançou o Falcon 9 com sucesso em duas ocasiões, além de colocar em órbita o Dragon e retorná-lo à atmosfera terrestre em 2010, um marco para o setor privado.
Em caso de falha, o SpaceX prevê um segundo voo de testes à ISS. Com o fim do programa de três décadas de ônibus espaciais dos Estados Unidos, que ajudaram a construir a Estação Espacial Internacional, a Nasa aposta agora no setor privado para realizar a menor custo o abastecimento e transporte de astronautas à estação orbital.
A ideia é que, a partir de agora, a agência espacial americana se dedique totalmente à exploração do espaço profundo. Para o envio de carga à ISS, a Nasa selecionou, além da SpaceX, a Orbital Sciences Corporation, sob um contrato estimado em US$ 3,5 bilhões.
A Nasa também distribuiu US$ 270 milhões às empresas consideradas mais promissoras para o transporte de astronautas. Estas são, além da SpaceX, a Boeing, Sierra Nevada e Blue Origin. Desde o último voo de um ônibus espacial, em julho de 2011, a Nasa depende, ao menos até 2015, das naves russas Soyuz para transportar astronautas à ISS.
A equipe que coordena o Hubble divulgou nesta terça-feira uma nova imagem para marcar as comemorações dos 22 anos do telescópio espacial, completados hoje. O registro mostra a intensa formação de estrelas na região conhecida como 30 Dourados, a 170 mil anos-luz da Terra. Veja a seguir outras imagens impressionantes feitas pelo Hubble ao longo desses 22 anos
Foto: Nasa/ESA / Divulgação
Nesta imagem do Hubble, uma nebulosa planetária está sendo criada durante a morte da estrela IC 4406, que ejeta material e forma a nuvem de gás
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A nebulosa Ovo fica a cerca de 3 mil anos-luz e se expande rapidamente alimentada por uma estrela à beira da morte, no centro da nuvem de gás e poeira
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A nebulosa N 49 é o que sobrou de uma supernova na nossa galáxia vizinha Grande Nuvem de Magalhães
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Esta imagem de Marte é considerada a foto mais nítida já do nosso vizinho. Ela foi registrada em 2003, após uma aproximação do planeta com a Terra
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Nesta imagem, a galáxia NGC 3370 - a 90 milhões de anos-luz - aparece ao lado de outros grupos de estrelas
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra uma parte da nebulosa Carina, que pode ser vista até a olho nu
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A Messier 64 é o resultado da colisão de duas galáxias e chama a atenção pela poeira escura, o que lhe dá o apelido de "olho negro"
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A "Hubble Ultra Deep Field" é uma das mais conhecidas imagens do telescópio. Na verdade, é o resultado de 800 exposições feitas durante 11 dias e mostra cerca de 10 mil galáxias, as mais próximas a cerca de 1 bilhão de anos-luz da Terra
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Em forma de anel, a galáxia AM 0644-741 é maior que a Via Láctea e está repleta de jovens estrelas azuis
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Detalhe mostra o centro da nebulosa Trífida, região de formação de estrelas, na Via Láctea
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Explosão de supernova é 200 vezes mais brilhante que o Sol. A estrela, no canto superior direito da imagem, é tão brilhante que parece fazer parte da Via Láctea, mas está a 11 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia NGC 2403
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A nebulosa da Hélice (Helix) é uma das mais famosas e esse mosaico foi formado por imagens do Hubble e do Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Cada lóbulo da nebulosa Bumerangue tem cerca de 1 ano-luz de extensão e são formados pela ejeção de matéria de uma estrela que fica no centro da estrutura
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Quando os ventos estelares - ejeções de partículas - colidem com gás e poeira eles formam esses arcos e bolhas brilhantes na nebulosa de Órion
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
No centro dessa região da nebulosa de Órion podem ser vistas as estrelas do aglomerado do Trapézio, as quatro de maior massa da nuvem de gás e poeira
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
O aglomerado de estrelas NGC 265 fica na Pequena Nuvem de Magalhães, uma das galáxias vizinhas à Via Láctea
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Este mosaico da galáxia Messier 82 é composto com imagens de três grandes observatórios: Chandra (que registra raios-X e aparece em azul), Hubble (luz visível, em amarelo e verde) e Spitzer (infravermelho, em laranja)
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A 100 milhões de anos-luz (30 megaparsecs) fica a galáxia NGC 1309, registrada nesta imagem do Hubble
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Foram observações do Hubble que confirmaram a presença de duas luas até então desconhecidas em Plutão, em 2006
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Essa nuvem de gás azul são restos de uma supernova conhecidos como E0102 e ficam Pequena Nuvem de Magalhães
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Imagem do Hubble mostra o agrupamento de galáxias Cl 0024+17 (ZwCl 0024+1652). Ao estudar a luz distorcida de galáxias ao fundo desse agrupamento, astrônomos descobriram um grande anel de matéria escura separado em cinco arcos (destacados em azul)
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Astrônomos acreditam que uma supernova resultou, entre 5 mil e 10 mil anos atrás, na nebulosa do Véu
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Esta imagem de 2007 foi feita em suporte à missão da sonda Horizons. A nave deve chegar em Plutão em 2015 e usou a gravidade de Júpiter para acelerar
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Esta imagem é o resultado de exposições feitas durante 36 horas em 2007
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Esta foto foi tirada em 2002
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
O telescópio orbita a 570 km do solo e a 27.200 km/h
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Este registro da galáxia NGC 1275 - a 250 milhões de anos-luz da Terra - combina observações do Hubble com o telescópio de raios-X Chandra e radiotelescópios
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
No ano de 1006 d.C., pessoas da África e Europa ao leste asiático observaram a mais brilhante estrela já vista pela humanidade. A supernova SN 1006 deixou uma coluna de gás onde hoje se formam novas estrelas
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Esta é composta de dois registros do Hubble da região NGC 3324. A primeira, de 2006, registra apenas o hidrogênio (em verde) da região. Já a segunda, de 2008, isola a luz de oxigênio (em azul) e enxofre (vermelho)
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
O Hubble fez este registro em 24 de fevereiro de 2009, quando quatro luas de Saturno - Encélado, Dione, Titã e Mimas - passavam em frente ao planeta
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Registro feito em 2009 mostra o maior planeta do Sistema Solar
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra cerca de 100 mil das cerca de 10 milhões de estrelas que formam o aglomerado de Ômega Centauro
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A nebulosa Carina fica a 7,5 mil anos-luz da Terra e é considerada um berçário de estrelas
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A galáxia NGC 4402 chama a atenção pela sua forma incomum
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Aglomerados de galáxias são permeados por gás quente. Quando uma galáxia passa dentro do aglomerado, esse gás pode agir como um "vento". Tanto a NGC 4402, da foto anterior, quanto a NGC 4522, desta imagem, sofrem tanto com esse "vento" que ele remove o gás delas o que pode levar a suas mortes
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Os registros da "Montanha Mística", esta região de formação de estrelas, estão entre os mais famosos do Hubble
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Imagem mostra close-up da nebulosa Dumbbell, a 1,2 mil anos-luz da Terra, que também é formada pelos últimos suspiros de uma estrela
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A região de formação de estrelas NGC 3603 fica a 20 mil anos-luz da Terra
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Hubble registra detalhe da nebulosa Carina
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A galáxia em espiral barrada NGC 1672 é cheia de jovens estrelas azuis e regiões de formação estelar (em vermelho)
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
As Antena talvez sejam o caso mais famoso de uma colisão entre galáxias. Chama a atenção de que essa colisão, ao invés de acabar com as duas galáxias, na verdade induzem o nascimento de novas estrelas
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Na região central de M82, as estrelas nascem 10 vezes mais rápido que na Via Láctea
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A galáxia do Cata-vento fica a 23 milhões de anos-luz da Terra
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
Este registro mostra mais de 3 mil estrelas na nebulosa de Órion
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A nebulosa do Caranguejo é considerada uma das mais complexas estruturas conhecidas do espaço - e também uma das mais estudadas
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A forte radiação do seu centro "esculpe" essa região de formação estelar, conhecida como NGC 346, na Pequena Nuvem de Magalhães
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A galáxia Redemoinho chama a atenção por uma "companheira", a NGC 5195 (em amarelo, no canto direito da imagem). Contudo, a galáxia menor na verdade está passando atrás da gigante espiral
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A galáxia V838 Monocerotis é conhecida por lembrar o símbolo do navegador Firefox
Foto: ESA/Nasa / Divulgação
A nebulosa da Tarântula fica a 170 mil anos-luz, na Grande Nuvem de Magalhães