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Possibilidade de acidente em Alcântara se repetir é mínima, diz sindicato

Segundo sindicato, houve melhorias gerais na segurança após acidente com o Veículo Lançador de Satélites, que vitimou 21 pessoas em 2003

22 ago 2013 - 11h13
(atualizado às 11h23)
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<p>"Hoje, a probabilidade de repetir esse acidente está sendo minimizada", destaca Ivanil Elisiario Barbosa</p>
"Hoje, a probabilidade de repetir esse acidente está sendo minimizada", destaca Ivanil Elisiario Barbosa
Foto: Bruno Santos / Terra

Por conta do acidente com o Veículo Lançador de Satélites (VLS) na base de Alcântara, no Maranhão, há 10 anos, houve uma melhoria nas condições gerais de segurança no local. A opinião é de Ivanil Elisiario Barbosa, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial.

Segundo ele, por conta do acidente, a torre de lançamento teve de ser reconstruída e a questão de segurança é agora parte fundamental desse projeto. "As ações mais eloquentes com relação à preocupação da segurança passam por simplesmente comparar quais são os dispositivos que a nova torre contém e que não continha antes. Por exemplo, existe hoje do lado da torre de integração uma passarela para uma torre de escape. Ela é feita em concreto super-reforçado, com porta corta-fogo e rotas diferenciadas de fuga, que não existia", diz ele.

Para o sindicalista, se existisse algo semelhante naquela época, vidas poderiam ser salvas. "Hoje há procedimentos mais automatizados, que trazem a segurança operacional ao nível de quem está trabalhando na torre, bloqueando ações remotas, por exemplo, da casamata, onde tem a sala de controle", diz.

Ivanil explica que, na sala de controle, se for acionada qualquer atividade da torre de lançamento e ela não for habilitada pelo trabalhador, não será executada. "Com relação à segurança também e talvez isso seja mais expressivo. Nós temos hoje uma preocupação com a certificação dos procedimentos para o lançamento."

Ele afirma que um dos grandes erros do acidente foi ter uma grande quantidade de trabalhadores no local naquele momento. "Não podia ter 21 pessoas na torre, quando já havia sido instalado o ignitor. Ali teria de ter no máximo o que eles chamam de 'o último cara na linha de fogo'. Hoje, a probabilidade de repetir esse acidente está sendo minimizada", afirma.

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Fonte: Terra
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