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Missão perto do fim: Philae completa 1 ano pousado em cometa

12 nov 2015 - 14h38
(atualizado às 15h17)
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Foto: ESA/Rosetta/Philae/DLR

O módulo Philae, que viajou ao espaço com a sonda Rosetta, completa nesta quinta-feira (12) um ano pousado na superfície do cometa Churyumov-Gerasimenko e, apesar de seus transmissores e receptores terem falhado, ainda poderia enviar sinais antes de se desligar definitivamente dentro de dois meses.

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Os responsáveis do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), encarregados de vigiar o Philae, deram entrevista coletiva para rever os 12 meses transcorridos desde que o módulo fez história ao aterrissar pela primeira vez em um cometa.

Entre as boas notícias, a constatação de que o módulo está apoiado sobre suas três pernas, após a aterrissagem acidentada de um ano atrás.

O diretor do Projeto Philae, Stephen Ulamec, também destacou a possibilidade de que o módulo, em silêncio desde o dia 9 de julho após ligar sete vezes, envie de novo informação à sonda Rosetta, que se encontra a cerca de 200 quilômetros de distância dele.

Os cientistas não têm nenhuma certeza de que vai fazê-lo, mas sabem que essa possibilidade termina em janeiro.

Neste momento o Churyumov-Gerasimenko está a 245 milhões de quilômetros de distância do sol e a cada dia - que no cometa dura 12,6 horas - recebe cerca de quatro horas de sol, suficiente para o módulo carregar sua energia.

As condições, no entanto, piorarão nas próximas semanas quando o cometa se afastar do sol e sua temperatura baixar. Se o interior do Philae baixar dos 51 graus Celsius abaixo de zero, o módulo não será mais operacional e a missão acabará, o que vai acontecer previsivelmente e no mais tardar em janeiro.

Segundo explicou o engenheiro do DLR Koen Geurts, se o módulo recebeu os comandos que lhe foram enviados, seu disco rígido deve estar carregado de dados científicos.

Dos sinais captados, os cientistas deduzem que um de seus dois receptores e um de seus dois transmissores não funcionam e que o segundo transmissor pode ter também problemas, o que explicaria por que a comunicação é tão irregular.

No dia 13 de agosto o cometa chegou no ponto mais próximo ao sol e, aparentemente, o Philae superou esse momento sem se reaquecer, ao ter aterrissado em um local de sombra que lhe protegeu das altas temperaturas.

O DLR continua pensando em estratégias para ativar o transmissor não danificado e tentar restabelecer uma comunicação suficientemente estável para transferir dados.

A equipe, garantiu Ulamec, está preparada para utilizar rapidamente os instrumentos do Philae, tirar fotografias e realizar medições se o módulo, que já tem os comandos para isso, se ativar ao conseguir a energia suficiente.

EFE   
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