Pesquisadores ainda não sabem como nova vida foi possível
2 dez2010 - 19h59
(atualizado às 20h23)
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A equipe de pesquisadores que liderou a coletiva de impresa da Nasa, realizada às 17h desta sexta-feira, afirmou que ainda não é possível saber como substituição do fósforo pelo arsênio aconteceu no novo micro-organismo encontrado no Mono Lake, na Califórnia.
Astrônomo: Nasa mostra que ETs podem estar entre nós:
Para Felise Wolfe-Simon, pesquisadora que descobriu a nova forma de vida, todas as evidências encontradas até o momento ainda estão em um estágio muito inicial. "Não estamos sugerindo que exista um mundo todo novo de seres constituídos pelo arsênio. Não é isso. Tudo ainda é muito novo", afirmou.
A Nasa anunciou nesta quinta-feira a descoberta de uma nova forma de vida, diferente de todas conhecidas até hoje. Agora, os pesquisadores descobriram que essa forma de vida contém arsênio até no DNA. Segundo os pesquisadores, a descoberta aumenta as chances de se descobrir vida fora da Terra.
Descoberta também muda a maneira de pensar sobre o que são "ambientes habitáveis" no universo. Na imagem, o micro-organismo que usa arsênio no lugar de fósforo na constituição de seu DNA
Foto: Nasa / Reprodução
A nova forma de vida substitui fósforo por arsênio em seu metabolismo
Foto: Nasa / Reprodução
O brasileiro Douglas Galante, coordenador do Laboratório de Astrobiologia da USP acredita que, no Brasil, ambientes vistos como "inabitáveis" também merecem estudo mais detalhado
Foto: Getty Images
Para pesquisadores, descoberta expande o horizonte de possibilidades de busca de vida fora da Terra
Foto: Divulgação
O arsênio é uma substância que, dentro do corpo humano, pode matar todas as células. No entanto, ela faz parte da constituição do DNA deste micro-organismo
Foto: Getty Images
Nasa afirmou que descoberta é somente um ponta-pé para uma série de dicussões e expansão da maneira como o espaço era explorado até então
Foto: Nasa / Divulgação
Um time de quatro pesquisadores, liderados por Felisa Wolfe-Simon (à esq.), que descobriu o micro-organismo, liderou a coletiva de impresa da Nasa nesta sexta-feira, às 17h
Foto: Divulgação
Para Nasa, forma de vida encontrada significa uma descoberta impactante na busca por vida extraterrestre
Foto: Getty Images
Site holandês havia especulado, horas antes do anúncio oficial da Nasa, sobre descoberta de micro-organismo no Mono Lake, na Califórnia
Foto: Getty Images
Segundo pesquisadores, público pode ter se frustrado por Nasa não apresentar um "ET", como na ficcção científica
Foto: Getty Images
Na imagem, a pesquisadora Felisa Wolfe-Simon trabalha com lama do Mono Lake para estudar o micro-organismo
Foto: Nasa / Divulgação
A descoberta, no entanto, é um enorme passo para a comunidade científica, sendo categorizada como "fenomenal" pelos pesquisadores
Foto: Getty Images
O grupo de quatro pesquisadores comentou que o mais importante, a partir de agora, é procurar por mais "exceções" de vida no universo
Foto: AFP
Felise e mais dois pesquisadores procuravam por evidências de que organismos vivos pudessem ser constituídos por outros elementos químicos no lugar do fósforo
Foto: AFP
Felise comentou, no entanto, que a pesquisa se encontra em um estágio muito inicial e que é impossível tirar grandes conclusões neste momento sobre a vida no universo
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Bem humorada, pesquisadora Felise Wolfe-Simon brincou ao afirmar que as escolas precisarão mudar seus livros didáticos a partir de hoje
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A descoberta de Felise abre uma nova perspectiva sobre o que é necessário para a constituição de vida dentro e fora do planeta Terra
Foto: AFP
Na imagem, pesquisadores recolhem do lago tóxico Mono, na Califórnia, ainda na fase de estudos sobre a possibilidade da descoberta de vida dentro do arsênio
Foto: AFP
Na imagem, a microfotografia mostra, aplificadamente, o micro-organismo que possui o elemento até então considerado tóxico para a vida, o arsênio, dentro do seu DNA