Observatório Nacional comemora 185 anos com programação especial
16 out2012 - 17h07
(atualizado às 17h17)
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Observar o espaço por uma luneta capaz de aumentar o tamanho de um objeto em até 324 vezes. Essa é uma das atividades que o público poderá conferir durante a comemoração aos 185 anos do Observatório Nacional, localizado em São Cristóvão, zona norte do Rio. A luneta em questão trata-se do maior telescópio do País, que completa 90 anos.
Com 6 m de distância focal e cinco toneladas, a luneta não poderia ter recebido outro nome: "A Poderosa". De acordo com o chefe da Divisão de Atividades Educacionais do observatório, o pesquisador Carlos Henrique Veiga, a luneta foi adquirida em 1911, mas chegou ao Brasil somente em1921 e instalada no observatório no ano seguinte. "Ela produziu uma série de imagens importantes para que o Brasil se desenvolvesse na área de astronomia nesses 90 anos", contou.
Atualmente, continuou Veiga, o observatório desenvolve pesquisas nas áreas de astronomia, geofísica e metrologia em tempo e frequência. "Nós somos reconhecidos internacionalmente pelo número de artigos, pelo número de doutores que se formam anualmente. O quadro de pesquisadores do Observatório Nacional, tanto na área de astronomia quanto na área de geofísica, é muito considerado."
Exposições e palestras integram a programação especial até sexta-feira, como a palestra Metrologia Científica e Industrial: Ciência e Tecnologia Apoiando à Inovação e Competitividade da Indústria Nacional, marcada para quinta-feira, às 15h, no Museu de Astronomia e Ciências, instalado no mesmo campo da instituição.
O Observatório Nacional é uma das mais antigas instituições do ramo científico do país. Criado em 1827 por dom Pedro I, mas começou a ser fundado pelo menos um século antes, quando, em 1730, os jesuítas instalaram um observatório no Morro do Castelo, na cidade do Rio. Ao todo, 120 profissionais - entre físicos, astrônomos e administradores - atuam na instituição. Atualmente, o instituto oferece cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.
As exposições ocorrem sempre a partir das 9h30. Quem deseja conhecer a luneta, deve comparecer ao observatório entre as 18h e 22h, em dias programados.
O panorama espetacular mostra as imediações da estrela Wolf-Rayet, WR 22, na nebulosa de Carina (dir.) e da estrela Eta Carinae (esq.). A imagem também foi composta a partir de La Silla, no Chile
Foto: ESO / BBC Brasil
Esta imagem espetacular da galáxia NGC 1232 foi capturada em 21 de setembro de 1998, durante um período de boas condições de observação. Na área central estão estrelas mais velhas, enquanto os braços do espiral contêm estrelas novas, de cor azulada, além de berçários
Foto: ESO / BBC Brasil
Observações desta galáxia, a NGC 4945, indicam que ela é bastante parecida com a Via Láctea, com seus braços espirais luminosos e um centro em forma de barra. Os locais em rosa claro são onde nascem novas estrelas. No centro, provavelmente, se encontra um enorme buraco negro. A NGC 4945 fica na constelação de Centauro, a 13 milhões de anos-luz
Foto: ESO / BBC Brasil
A galáxia espiral NGC 253 fica a 13 milhões de anos-luz da Terra. Esta imagem foi capturada um instrumento do telescópio de La Silla, no Chile
Foto: ESO / BBC Brasil
Este é o sul da região conhecida pelos cientistas como N44 H II, localizada na Grande Nuvem de Magalhães; a cor verde indica a existência de altas temperaturas
Foto: ESO / BBC Brasil
Esta é a fábrica de estrelas batizada de Nebulosa Trifurcada. O local será berço de novas estrelas no futuro. A imagem foi capturada no observatório de La Silla, no Chile
Foto: EPA/ESO / BBC Brasil
A região NGC 2264 aparece ao lado das "bolhas" azuis do agrupamento estelar conhecido como "Árvore de Natal". A imagem foi criada com dados obtidos por meio de quatro diferentes filtros do telescópio ESO
Foto: ESO / BBC Brasil
O FORS2 também compôs esta imagem da nebulosa "Cabeça de Cavalo" e suas regiões adjacentes. Para formar a foto acima, três imagens foram fundidas. O telescópio Kuyen funciona em Paranal, no Chile
Foto: ESO / BBC Brasil
As observações do instrumento FORS2 captaram essa explosão de uma supernova a cerca de 6 mil anos-luz - que teria acontecido no ano de 1054. A cor verde é produzida por hidrogênio, o azul, por elétrons energizados
Foto: ESO / BBC Brasil
Este rosto fantasmagórico é formado pelo aglomerado estelar NGC 2467 e região ao redor, ao sul da constelação de Puppis. O local é considerado um berçário de estrelas
Foto: ESO / BBC Brasil
Essa é a nebulosa de Hélix captada por uma câmera astronômica acoplada ao telescópio ESO, no Chile. A cor azulada é resultado da exposição de átomos de oxigênio à radiação ultravioleta de uma estrela e ao calor de seus gases
Foto: ESO / BBC Brasil
Imagem feita a partir de 200 horas de exposição mostra a região entre as constelações de Sagitário e Escorpião. A foto é um mosaico feito a partir de 1,2 mil exposições desta área do espaço. Foto: