Furacão registrado em Saturno é 20 vezes maior e mais poderoso que fenômeno similar na Terra. Novas imagens divulgadas por uma nave espacial da Nasa (agência espacial americana) na órbita de Saturno revelam detalhes de um enorme furacão atingindo o polo norte do planeta. As fotografias foram reveladas na segunda-feira
Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação
Polo norte de Saturno é revelado em imagem colorida pela equipe da sonda Cassini. Essa região antes não era visível pela nave da Nasa, mas o fim do inverno no planeta permitiu a visualização
Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação
Anéis de Saturno aparecem em azul nesta imagem colorida pela Nasa. O olho do furacão aparece em vermelho, enquanto o "hexágono" que rodeia o fenômeno é visto em tom amarelado
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Nuvens de tempestade semelhante a furacão circulam ao redor do polo norte de Saturno
Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação
Tempestade polar em Saturno - em imagem não editada - foi registrada pela sonda Cassini em novembro de 2012, quando o fenômeno foi identificado
Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação
O turbilhão no planeta dos célebres anéis é mais forte que na Terra, com ventos em sua borda exterior chegando aos 530 quilômetros por hora
Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação
Cientistas vão estudar o furacão para obter mais conhecimento sobre esse tipo de fenômeno na Terra. Na imagem, vórtice registrado em novembro de 2012
Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação
Apesar de não haver extensão de água nas proximidades dessas nuvens no topo da atmosfera de Saturno, aprender como o vapor de água é utilizado na formação de tempestades naquele planeta pode ajudar a entender melhor a geração e permanência de furacões terrestres
Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação
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Novas imagens divulgadas por uma nave espacial da Nasa (agência espacial americana) na órbita de Saturno revelam detalhes de um enorme furacão atingindo o polo norte do planeta. As fotos da sonda Cassini mostram o olho do furacão, com cerca de 2 mil quilômetros de largura - aproximadamente 20 vezes maior que um fenômeno típico na Terra. O turbilhão no planeta dos célebres anéis também é mais forte que na Terra, com ventos em sua borda exterior chegando aos 530 quilômetros por hora.
"Checamos duas vezes quando vimos o vórtice porque se parece muito com um furacão na Terra", afirmou em um comunicado o cientista Andrew Ingersoll, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos. "Mas ali está, em Saturno, em uma escala muito maior, e de alguma forma está permanecendo ativo mesmo com a pequena quantidade de vapor de água na atmosfera."
Nuvens finas e brilhantes viajam a 150 metros por segundo no limite externo do furacão, que se move dentro de um vórtice imenso e misterioso em formato de hexágono. Cientistas vão estudar o furacão para obter mais conhecimento sobre esse tipo de fenômeno na Terra, onde se alimenta da água quente dos oceanos. Apesar de não haver extensão de água nas proximidades dessas nuvens no topo da atmosfera de Saturno, aprender como o vapor de água é utilizado na formação de tempestades naquele planeta pode ajudar a entender melhor a geração e permanência de furacões terrestres.
Tanto o furacão na Terra quanto o vórtice saturniano possuem um olho central sem nuvens - ou com muito poucas delas. Outras características similares incluem a formação de nuvens altas e a rotação em sentido antihorário.
Sonda Cassini completa 15 anos: veja melhores imagens
Em 15 de outubro de 1997, a sonda Cassini era lançada da Terra rumo a Saturno, meta que atingiria em 2004. Desde sua chegada, a nave mandou 444 gigabytes de dados, inclusive mais de 300 mil imagens. Este mosaico, por exemplo, mostra o planeta e seus anéis contra a luz do Sol. Ele combina 165 fotografias. Veja a seguir algumas das melhores imagens que a sonda fez
Foto: Nasa / Divulgação
A atmosfera púrpura de Titã é registrada no primeiro sobrevoo da Cassini sobre esta lua - a maior de Saturno e segunda do Sistema Solar - ela é maior até que o planeta Mercúrio
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra as sombras dos anéis em Saturno. As cores do norte do planeta, que vão de azul a dourado, são um mistério para os cientistas, que hoje acreditam que elas estejam relacionadas com mudanças sazonais no hemisfério
Foto: Nasa / Divulgação
Este mosaico em cores naturais mostra um retrato de Saturno
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem da lua Hipérion tem cores falsas - naturalmente, o satélite é avermelhado - para destacar componentes da superfície. A mudança de cor tem como objetivo tornar mais fáceis de serem vistas as variações de tonalidade da lua
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra perturbações no anel F de Saturno causadas por pequenas luas (o planeta tem mais de 50 satélites naturais conhecidos)
Foto: Nasa / Divulgação
Este registro mostra as cicatrizes na superfície da lua gelada Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Atrás dos anéis, aparece a grande lua Titã em um luminoso crescente. No canto do gigante satélite natural, aparece a pequena Encélado
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Chama a atenção em Encélado os gêiseres na sua superfície. Os cientistas estudam essas estruturas e afirmam que eles ejetam partículas de gelo, vapor de água e componentes orgânicos. Esta lua é um dos corpos do Sistema Solar candidato a abrigar vida. Os pesquisadores acreditam que os gêiseres indicam a presença de um oceano subterrâneo em Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Estes dois registros mostram a mais longa tempestade elétrica conhecida de Saturno. As imagens têm três meses de diferença entre elas. Ela foi registrada pela primeira vez em 2007 por causa de seus raios e pesquisadores acreditam que ela atravessa o planeta verticalmente até a atmosfera mais baixa