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Nasa descobre atmosfera com oxigênio em lua de Saturno

26 nov 2010 - 13h41
(atualizado às 14h28)
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A Nasa - a agência espacial americana - anunciou nesta sexta-feira que a sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera - conhecida como exosfera - com oxigênio e dióxido de carbono na lua Reia, de Saturno. É a primeira vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera com oxigênio fora da Terra.

Sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera com oxigênio e dióxido de carbono em lua de Saturno. É a 1° vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera com oxigênio fora da Terra
Sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera com oxigênio e dióxido de carbono em lua de Saturno. É a 1° vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera com oxigênio fora da Terra
Foto: Nasa / Divulgação

Segundo a Nasa, a atmosfera da lua gelada é 5 trilhões de vezes menos densa que a da Terra. A agência afirma que a formação de oxigênio e dióxido de carbono pode levar a reações químicas complexas nas superfícies de corpos de gelo no universo.

"Os novos resultados sugerem que atividades químicas complexas envolvendo oxigênio podem ser bem comuns no Sistema Solar e até no universo", diz Ben Teolis, um dos cientistas da equipe da Cassini. "Essa química pode ser um pré-requisito para a vida", diz o cientista, que afirma, por outro lado, que dificilmente há vida em Reia. "Toda evidência da Cassini indica que Reia é fria demais e desprovida de água líquida necessária para a vida como nós a conhecemos."

Contudo, Um corpo de gelo que tenha água líquida abaixo da superfície e que, de alguma forma, o oxigênio e dióxido de carbono sejam transportados para esta água, pode ter um ambiente mais propício ao surgimento de componentes mais complexos e formar vida, acreditam os cientistas.

Reia é a segunda maior lua de Saturno e considerada, a partir de agora, única por causa de sua atmosfera de oxigênio e dióxido de carbono. Titã, por exemplo, outra das luas de Saturno, tem uma atmosfera rica em nitrogênio e metano, mas pouco oxigênio e dióxido de carbono. "Reia está se tornando muito mais interessante do que tínhamos imaginado", diz Linda Spilker, que trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, e também está na equipe de cientistas da Cassini.

Fonte: Redação Terra
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