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Nasa anuncia falha que pode pôr em risco futuro do telescópio Kepler

15 mai 2013 - 20h04
(atualizado às 20h40)
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A Nasa anunciou nesta quarta-feira que o telescópio Kepler, responsável por buscar provas da existência de planetas similares à Terra, apresenta uma "falha" em seu sistema de direção que pode pôr em risco seu futuro.

Os técnicos espaciais afirmaram que perderam o controle de mais uma de suas quatro rodas - uma delas já havia apresentado problemas anteriormente -, utilizadas para estabilizar o telescópio e ajustar a direção de suas lentes.

"É certo que precisamos de três rodas de reação. Mas não diria que o Kepler está fora de operação", explicou o chefe da Diretoria Científica da Nasa, John Grunsfeld, em teleconferência.

Além disso, a agência espacial reconheceu que "existem claras indicações de que houve uma falha interna" em duas das rodas, por isso o telescópio entrou no Modo de Segurança de Propulsão Controlado, à espera de que os técnicos tentem a difícil reparação.

Por enquanto, o telescópio está em uma situação "estável e segura", acrescentou Charles Sobeck, no centro de pesquisa que o controla, o Ames, em Moffett Field, na Califórnia.

No entanto, Sobeck explicou que com esta falha na segunda roda "é pouco provável que o telescópio possa voltar ao ponto de exatidão que garante sua fotometria de alta precisão".

A Nasa informou, em nota oficial, que embora a coleta de dados tenha terminado, "a missão tem substanciais quantidades de informação ainda a serem analisadas, e espera-se que a sequência de descobertas científicas continue por anos".

O Kepler, que monitora mais de 150 mil estrelas na busca de planetas ou candidatos a planetas e foi uma das missões recentes mais bem-sucedidas da Nasa, orbita o Sol a 64 bilhões de quilômetros da Terra.

Lançado em 2009 para buscar provas da existência de planetas similares à Terra ou nos quais haja as condições de temperatura médias onde possa existir água líquida, o telescópio detectou 132 planetas além do nosso sistema solar durante seus primeiros anos de missão.

EFE   
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