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Maior "olho da humanidade", observatório vai buscar vida alienígena

30 nov 2013 - 08h07
(atualizado às 08h18)
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O diretor de operações do Observatório de La Silla Paranal, no Chile, Andreas Kaufer, durante Congresso Latino Americano de Astronomia realizado em Florianópolis
O diretor de operações do Observatório de La Silla Paranal, no Chile, Andreas Kaufer, durante Congresso Latino Americano de Astronomia realizado em Florianópolis
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra

Considerado como o “maior olho da humanidade”, o super telescópio que será construído na área do deserto do Atacama, no Chile, servirá para buscar “vida fora do planeta Terra”.

A afirmação foi feita pelo diretor de operações do Observatório de La Silla Paranal, no Chile, Andreas Kaufer, durante Congresso Latino Americano de Astronomia realizado em Florianópolis. O projeto do Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT) conta com um “olho”, ou espelho de 39 metros de diamêtro. A construção deve consumir cerca de 1,1 bilhão de euros  e faz parte do consórcio ESO (European Southern Observatory), do qual o Brasil faz parte.

“Será uma grande contribuição para a comunidade científica internacional. Além de registramos aspectos muito superiores aos observatórios atuais, o E-ELT pode e deverá buscar sinais concretos de vida no Universo”, afirma Andreas. “E o futuro da Astronomia”.

O super telescópio que será construído na área do deserto do Atacama, no Chile, servirá para buscar vida fora do planeta Terra
O super telescópio que será construído na área do deserto do Atacama, no Chile, servirá para buscar vida fora do planeta Terra
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra

13 países já assinaram termos de cooperação para a construção do E-ELT no deserto do Atacama, considerada a melhor região do planeta para observações astronômicas. A Espanha ainda deve aprovar a união nos próximos meses, segundo Andreas. O Brasil assinou um acordo em 2010 mas ainda conta com o projeto em tramitação na Câmara dos Deputados. “Sabemos que o Poder Legislativo brasileiro conta com uma série de comissões e conselhos que estão avaliando o tema, mas estamos esperançosos que a decisão ocorra o mais rápido possível”, disse.

O aporte necessário para o Brasil ficaria em torno de R$ 1,1 bilhão ao longo de onze anos. Enviado pela Casa Civil ao Congresso Nacional em fevereiro deste ano, o projeto de decreto legislativo PDC 1287/2013 encontra-se em três comissões da Câmara dos Deputados: Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI); Finanças e Tributação (CFT); e Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC). 

O ESO completou cinquenta anos de atividades com uma série de observatórios no Chile. A organização composta por 14 países é responsável por maior parte dos estudos “relevantes” na área de astronomia, de acordo com Kaufer. “25% dos estudos realizados ali são considerados extremamente importantes para a ciência”, disse. “Não podemos atender a todos os pedidos pois temos mais requisições do que noites disponíveis para observação”.

Segundo Kaufer, os observartórios do ESO seriam responsáveis por pelo dez das grandes descobertas da ciência em meio século. Entre elas, o movimento das estrelas na Via Láctea (estudo realizado em 15 anos após mais de mil noites de observação), a detecção em urânio e a determinação de idade de uma estrela e a primeira imagem de um exoplaneta. “Ainda tivemos a demostração do universo em aceleração, ou expansão, estudo que resultou no prêmio Nobel da Física em 2011”, disse.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/eso-50-anos/" href="http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/eso-50-anos/">Observatório Europeu do Sul</a>
Fonte: Especial para Terra
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